"A casinha da Tita Carochinha"
Adorámos esta linda história!!
Regime de fruta escolar 2012
As educadoras, Maria João e Paula Vilas Boas, responsáveis pela apresentação da história promovida pela Câmara Municipal de Vila Verde, no âmbito do programa da fruta escolar, contaram e dinamizaram a história “Todos juntos na fruteira”.
Os alunos escutaram atentamente todos os momentos da história e no fim, também eles foram atores, disfarçando-se de frutas. Foi uma manhã repleta de animação e diversão.
Slogan da fruta 2º e 3º anos - EB1 Esqueiros VILA VERDE
CONCURSO DE QUADRAS POPULARES DE SANTO ANTÓNIO - 2º e 3º anos EB1 Esqueiros
No âmbito do projeto da escola, “Saberes e Sabores da Nossa Terra” os alunos elaboraram uma história, recolhendo informações junto dos mais velhos.
Com a Valéria vamos conhecer e divulgar!! Sigam-na!!
Título: "Caixinha de Recordações”
A escola estava em grande alvoroço naquele dia, era a Feirinha dos Sabores em Esqueiros. Esqueiros é uma pequena aldeia de Vila Verde que, embora fique ali mesmo ao lado da vila, é ainda um lugar muito pacato, onde quase todos se parecem conhecer… Ali estavam todos muito atarefados. Os alunos, empenhados com a organização, trabalhavam com afinco e dedicação. Preparavam tudo para receber os convidados… pais, mães, avós, avôs e muitos, muitos amigos.
O ambiente era de grande animação! Ouvia-se a música da concertina e alguns dos convidados acompanhavam com cantares de antigamente. No ar sentia-se um cheirinho especial, era o cheirinho das coisas boas da terra que todos tinham trazido para vender na feirinha. Havia doces de vários sabores, a doce marmelada, doce de abóbora, broa quentinha, legumes verdinhos e frescos dos quintais, fruta da época bem madurinha, frutos secos como as nozes e as castanhas, muitas castanhas!
No meio daquela azáfama, aconteceu algo que despertou a atenção de todos. Foi a chegada da Valéria! Ela, em cima do seu tapete mágico, sobrevoava a escola. As cores garridas dos desenhos do tapete e os passarinhos que a acompanhavam deixavam no céu um rasto colorido, que fazia lembrar um arco-íris.
Valéria era uma menina que fazia parte do imaginário dos alunos de Esqueiros. Era muito pequenina, de cabelos loiros e pele muito branca. Tinha um rosto inteligente, olhos grandes e um sorriso hábil. Todos sabiam que ela tinha um dom especial… conseguia realizar todos os sonhos bons… tal como as fadas boas, nas histórias contadas às crianças. E hoje, a pequena grande Valéria estava ali tão perto…
Os Esqueirinhos ao vê-la saltaram de alegria e gritaram:
- Valéria! Valéria!
Ela aterrou bem no meio do recreio da escola e logo todos se aproximaram e espreitaram… é que o seu tapete despertava grande curiosidade. Todos queriam fazer perguntas ao mesmo tempo… mas que grande confusão!
- Valéria, andas a viajar num tapete voador? - perguntou o João.
A Valéria explicou então, que o seu tapete não era bem um tapete voador, mas sim um grande Lenço de Namorados, oferecido por uma senhora de Vila Verde e que ela, com a sua magia, o fazia voar.
- Um Lenço de Namorados?! Mas o que é um Lenço de Namorados? - perguntaram alguns dos meninos, com um ar muito espantado.
Com o coração cheio de alegria, a pequena Valéria compreendeu que podia, ali, partilhar com aquelas crianças um momento para sempre inesquecível.
Valéria olhou para todos os meninos, fixou-os no olhar e explicou o que era um Lenço de Namorados. E foi como se abrisse uma caixinha de recordações, de onde saíam agulhas e linhas de várias cores, fotografias a preto e branco, postais ilustrados e lindas mensagens de amor… E eles com os olhos bem abertos ouviam-na atentamente.
Uma simpática senhora que fora visitar a Feirinha dos Sabores, não conseguiu deixar de ouvir a conversa, foi-se aproximando daquele grupo que rodeava a Valéria. Era a dona Violeta, uma pessoa com um ar amável bem conhecida de todos, já com rugas bem marcadas na face, cabelo grisalho, vestida de escuro, com uns olhos verdes muito brilhantes. Ao ouvir a Valéria, ela ia abanando com a cabeça concordando com o que ela dizia. Valéria e os meninos convidaram-na a juntar-se a eles.
A avó Violeta logo saltou para o meio e começou a falar com grande entusiasmo:
- Sabem meninos… no meu tempo, as moças cá da aldeia faziam lindos lenços como este. Depois de fazerem os seus trabalhos no campo, à noite, à volta da lareira, as meninas que estavam em idade de casar, bordavam os seus lenços, com alguns versos de amor, que depois ofereciam a um rapaz que gostassem. Eram bons tempos, aqueles… - relembrava a avó Violeta com um sorriso nos lábios.
A Lara colocou o dedo no ar e falou:
- A minha avó já me contou essa história! O lenço representava o sentimento da mulher em idade de casar e funcionava como forma de conquistar o homem amado, pois era num lenço de linho fino onde as mulheres bordavam as dedicatórias de amor, para depois entregar ao seu apaixonado. Se esse homem o usasse publicamente, significava que queria namorar com essa rapariga e se não o usasse é porque o seu coração pertencia a outra.
A avó, emocionada, concordou:
- Muito bem! Era isso mesmo!
A avó Violeta sentiu-se muito bem, pois apesar da sua idade estava a divertir-se muito com os pequenitos, a partilhar o que sabia, o que viveu e a moça que foi noutros tempos.
A avó Violeta continuou com as suas memórias:
- Mas não pensem que só se bordavam os lenços! Não, não… Cada moça fazia o seu enxoval, bordava a sua roupa e trabalhava o linho. As famílias que viviam do campo semeavam o linho para depois o colher, malhar, fiar e tecer. Depois vendiam-no com bordados ou para bordar, sendo muitas vezes o único sustento da casa. Mas, nós por aqui, gostávamos era de bordar desenhos muito coloridos… tantas vezes eu bordei florzinhas, pombinhas, chaves, corações… e pelo meio lá escrevia umas coisitas… com alguns erros, claro, é que eu não andei muito tempo na escola!
- Mas afinal, avó Violeta, por que é que esses lenços são escritos com erros ortográficos? - perguntou o Francisco.
- Isso tem a ver com a época em que começaram a ser feitos. Nessa altura nem todas as pessoas tinham acesso à escola e a maior parte das bordadeiras eram analfabetas, tinham pouca escolaridade e davam muitos erros na escrita. Quando se começou novamente a dar importância a esses bordados, procurou-se manter a tradição, nomeadamente os erros ortográficos. Para parecer mais antigo, percebes? Assim despertam mais interesse nas pessoas que desconhecem esta tradição artesanal… parecem ter mais piada - explicou a avó, com um sorriso maroto nos lábios.
- E só havia lenços destes em Vila Verde? - perguntou o Pedro.
- Não, também existiam alguns no Douro Litoral, Trás-os-Montes, Beira Alta, Estremadura, Alentejo e Açores. Mas no Minho, e mais concretamente em Vila Verde, foi onde se encontrou o maior número de lenços. Daí ter sido a Aliança Artesanal a ficar com a representação deste produto, de forma a salvaguardar o nosso artesanato como património cultural - respondeu a avó Violeta.
O avô do Daniel, o Sr. Veloso, lá do fundo do recinto disse:
- Valéria, seja bem vinda a Esqueiros! Já ouvi falar muito de si, venha, junte-se a nós. Aqui, nesta feira, existem muitos produtos da nossa terra, cultivados nos nossos quintais ou confecionados nas nossas casas, como as batatas, as couves, a fruta ou a marmelada. Mas há outros que a menina também deveria gostar de conhecer e provar!
- Ai sim?! E quais são esses produtos? - perguntou a Valéria.
- Temos por exemplo os frangos caseiros, que fazem um arroz pica no chão muito bom e que é muito apreciado por todos. Os ovos caseiros que os meninos também têm aqui para vender, dão para fazer um pudim maravilhoso, chamado pudim Abade de Priscos. Eu não sei se os meninos sabem, mas o Abade de Priscos nasceu em 1834 em Turiz, uma das 58 freguesias de Vila Verde e foi considerado o “papa dos cozinheiros” porque ele cozinhava muito bem, chegando a cozinhar para o rei D. Luís I - informou o avô Veloso.
- Hummm que maravilha! Como eu gostava de provar essa delícia! - exclamou a Valéria. - Mas diga-me lá, que outras especialidades tem esta terra encantadora?
E foram conversando sobre os diferentes e deliciosos pratos típicos da região, como as papas de sarrabulho acompanhadas pelos rojões, o caldo verde com broa de milho, o cozido à portuguesa, o cabrito assado no forno, as pataniscas e muitos outros petiscos saborosos, que fazem lembrar os tempos de outrora.
- Sabem meninos, no meu tempo não existia a fartura de agora. Era tudo diferente, até a forma de cozinhar! Os alimentos eram cozinhados nos potes… A comida feita à lareira, parecia ter outro paladar - comentou a avó.
- A comida feita nos potes não ficava preta? - perguntou o Diogo.
Ela deu uma risada simpática e respondeu:
- Claro que não! A comida ficava uma delícia, já para não falar do que se poupava. Eram outros tempos…
- Ó avó Violeta, tem saudades do seu tempo de antigamente? - perguntou o Márcio.
- É assim… eu tenho saudades de algumas coisas! Não é de tudo, porque não desejo o tempo em que havia pouco para comer. Mas tenho muitas saudades dos trabalhos do campo que se faziam com muita gente e do tempo que havia para conversar e conviver. Eram um regalo… até os filhos ajudavam os pais no campo! - respondeu a avó.
A avó Violeta acrescentou:
- Ai, ai… tenho boas recordações! Na minha juventude, as pessoas juntavam-se no campo para se ajudarem umas às outras nos trabalhos agrícolas e cantavam músicas alegres enquanto trabalhavam, o que tornava o trabalho mais leve e mais alegre.
- E que músicas cantavam? - perguntou o André.
- Cantigas populares, como a da Rosinha: “Ó minha Rosinha eu hei de te amar, de dia ao sol de noite ao luar, de noite ao luar de noite ao luar, ó minha Rosinha eu hei de te amar…” - cantarolou a avó Violeta muito animada.
- Ó avô Veloso, como eram passados os vossos tempos livres? - perguntou a Inês.
- Nessa altura tínhamos que ter arte e engenho para criar coisas novas. Para nos divertirmos inventávamos jogos, brincadeiras e muitos brinquedos, que nada têm a ver com os de hoje. Ocupávamos os nossos tempos livres a conversar, ou então com jogos que implicavam o convívio com outras pessoas, como o jogo do saco, do espeto, a fisga, a macaca, a malha ou o pião. E cantávamos ao som das concertinas… sobretudo aos domingos e em dias de festa - recordou saudosamente o avô Veloso.
- Não existiam os computadores como hoje, que apesar de serem úteis, levam as pessoas a ficar mais sozinhas e a não conviverem como antigamente. Há que ter limites, não acham? - questionou a avó.
Todos sorriram sem responder, pois todos sabem que é verdade!
Depois de ouvir com muita atenção todas as opiniões, a Soraia perguntou timidamente à avó Violeta:
- Nunca saíam para passear?
A avó sorriu achando piada à pergunta da pequenita e respondeu:
- Claro que sim! Corríamos todas as romarias à procura de bailarico. Onde se ouvisse uma concertina lá estava eu para cantar e dançar. Era uma alegria!!
A avó recordou as festas e romarias que havia na sua juventude. Todos falaram das maiores romarias do concelho de Vila Verde, que ainda se realizam, embora hoje os festejos sejam um pouco diferentes, como é o caso da romaria da Srª do Alívio, da Stª Luzia e do Stº António.
- A minha avó tem uma caixinha com fotografias velhinhas com retratos dela, dos seus pais e da família, em procissões e romarias - disse a Alexandra.
- As recordações fotográficas são preciosas, eu também tenho algumas que guardo com carinho. Mas, as minhas preferidas são as da minha aldeia, do nosso S. Pedro de Esqueiros!! - exclamou a avó Violeta com alegria.
- Eu gosto é de ouvir os foguetes a rebentar! - dizia o Jorge.
- E eu de ver as procissões com os figurantes! - comentava a Marisa.
- Eu prefiro ouvir as fanfarras a tocar e os bombos a ribombar! - dizia entusiasmado o Hugo.
- Pois eu adoro ver e participar nas rusgas do Stº António com as pessoas cá da terra de Esqueiros- afirmava a Ana
- Eu também gosto! É muito divertido ouvir as concertinas, os cavaquinhos, as castanholas, as pandeiretas, os ferrinhos... e as pessoas a cantar! - concordou a Margarida com emoção.
Entretanto, no momento em que todos estavam entusiasmados a comentar o que mais gostavam, pareceu ouvir-se alguns foguetes… sinal de festa na região.
- Olha, são foguetes! - disse a Beatriz, muito espantada.
- Como é bonito ver o céu todo iluminado! - exclamou a Maria, também admirada.
- Ouve-se música! Gostava de ir para lá dançar! - desejou a Eliana.
A Valéria, olhou para todos e com uma voz fina e doce, convidou os Esqueirinhos para uma aventura fascinante. Apenas com um toque de magia transformou aquele “lenço voador” num lenço muito grande e pediu a todos que se sentassem nele.
A avó Violeta fez uma pausa, ajeitou a saia e, em seguida, gritou:
- Eu também vou, esperem por mim!
- A sério?! - inquiriram, ao mesmo tempo, os Esqueirinhos, de olhos arredondados de espanto.
- Hoje é dia de festa em Vila Verde, é a Festa das Colheitas! Vamos todos para lá, para nos divertirmos e revivermos os tempos da avó Violeta! Viva!! - gritou a Valéria.
Alegres e levezinhos, levantaram voo no maravilhoso Lenço de Namorados. Calma e silenciosamente desceram a linda colina em direção à vila, apreciando como tudo era mais bonito e diferente visto de cima.
- Incrível! Nunca pensei viajar num Lenço de Namorados! - exclamou a Bruna.
- Viva!!!!! Vamos lá festejar! Vamos para o bailarico! - acrescentou o Daniel com o seu ar atrevido.
A pouco e pouco foram tomados pela magia da Valéria, sentiam-se leves como os passarinhos que estavam bordados no lenço, tudo aquilo parecia demasiadamente bom para ser verdade. Os Esqueirinhos foram subindo, subindo… alto e mais alto… Já lá em cima, todos cantavam:
- “Nas azas dum passarinho... ó Vila Verde, Vila Verde!!”
O lenço foi pairando pelo ar seguindo o rasto do som da música ouvida na festa. Já em Vila Verde, ouviam-se cantares ao som de muitas concertinas. Entre um amontoado de gente que se via lá em baixo… os Esqueirinhos conseguem ver um grupo trajado de forma bem diferente do habitual. Roupas de outras épocas talvez, saias compridas, lenços na cabeça, coletes coloridos e alguns com instrumentos, alfaias agrícolas e cestinhos com produtos da terra. Era um rancho folclórico que se preparava para dançar.
O local enchia-se de luzes e o palco, esse, estava mesmo no centro da praça, num grande largo, todo ele enfeitado com lindas imagens que relembravam os tempos antigos.
Perante o olhar atento da população, o grande Lenço de Namorados aterrou mesmo no centro do palco, junto a um artista da terra. Era o Sr. Malheiro de Vila Verde, mais conhecido por Pedro Santana, homem das concertinas e dos cantares ao desafio, que acabara de atuar. Ao ver aqueles pequenitos pegou no microfone e perguntou ao público:
- Será que estes meninos sabem dançar?
Nas bancadas, o público levantava-se emocionado, batia palmas e gritava palavras de incentivo:
- Dancem!!… Dancem!!
A Valéria fez as apresentações:
- Senhores e senhoras, apresento-vos a escola mais animada do concelho de Vila Verde, os Esqueirinhos!
O elenco alinhou-se para fazer uma vénia.
E tirando do bolso a sua varinha de condão, Valéria fez com que todos ficassem vestidos com trajes de rancho folclórico e começaram a dançar como verdadeiros profissionais, enquanto o Jorge dizia:
- Mauro, põe a música a bombar!!! Vamos lá dançar!!!
O tempo que se seguiu foi de muita brincadeira e divertimento. Dançaram e abraçaram-se vezes sem conta. Tudo parecia mágico…
No fim, a Valéria sorriu… uma luzinha brilhou… o Lenço partiu… E nunca mais ninguém os viu…
Aquele dia ia certamente ficar na memória de todos, pois em festa começou e em festa terminou. Desde a feirinha dos sabores, passando pelas histórias da avó Violeta e do avô Veloso, até à festa final em Vila Verde, tudo foi importante para descobrirem um pouco da história desta Terra maravilhosa. As gentes, os trajes, as cores, os sons, os saberes, os sabores… as lembranças… as tradições... ajudaram as crianças a desenhar, com amor, cada pedacinho desta história.
E de uma coisa a Valéria não tem dúvida, estes meninos e meninas um dia também irão falar da sua infância… e este dia fará parte, de certeza, das suas mais belas recordações…
História elaborada pelos alunos, EB1 de Esqueiros, Janeiro 2012
No dia 4 de Abril tivemos a visita das educadoras Paula e Maria João, para nos contar uma história “No mundo das frutas”. Esta actividade foi promovida pela Câmara Municipal de Vila Verde, no âmbito das medidas de acompanhamento do Regime de Fruta Escolar.
Era uma vez um menino chamado Manuel Francisco. O menino no caminho para a sua escola ouviu uma voz a chamar por ele. Ele não sabia de onde vinha aquela voz. Foi aí que apareceu uma maçã, que lhe disse que era redondinha, gostosa e era filha da macieira. A maçã disse que ia chamar os seus amigos e que o Manuel ia gostar muito deles.
De seguida, veio a laranja que lhe disse que tinha vitamina C e que o fazia crescer. O fruto seguinte foi a banana, que era amarelinha e gordinha, mais amarelinha do que ela não havia. O Manuel Francisco provou mais este fruto. Seguiu-se a clementina, a uva, a cenoura, o pêssego, o tomate, a cereja, a pêra, a ameixa e a tangerina. O menino provou todos estes deliciosos frutos. O Manuel Francisco foi para a escola e contou a sua aventura aos colegas, mas pensou que eles não iriam acreditar. Por fim, os frutos juntaram-se ao menino e cantaram uma linda canção. Alunos 3º e 4º anos
As educadoras deixaram a mensagem da importância do consumo de fruta na nossa alimentação diária. Todos os alunos prometeram incluir no seu regime alimentar a quantidade de fruta recomendada.
No âmbito do projecto da escola, "Viagem ao mundo das energias!" os alunos elaboraram uma história.
A Valéria é uma menina muito curiosa, que quer saber tudo sobre as coisas que a rodeiam, especialmente sobre o ambiente. No Jardim-de-infância já tinha descoberto que as flores, as árvores, as rochas, os rios, os mares… fazem parte do ambiente e que este está doente. Ele precisa de ajuda!
Um dia, a Valéria estava no quarto a ler uma história e foi interrompida por uma voz vinda do candeeiro:
- Olá Valéria! Sabes quem sou eu?
- Tu?! Tu és o meu candeeiro de quarto que me iluminas todas as noites, para que eu possa ler as minhas histórias. - respondeu a Valéria.
- Sabes, que nem sempre foi assim.
- Não estou a perceber!... - disse a Valéria.
- Então, vou-te contar uma história do tempo dos teus bisavôs. Há muito, muito tempo, quando chegava a noite, as famílias juntavam-se para conviver, embora não houvesse luz como hoje, a luz eléctrica. As pessoas junto à lareira conversavam, bordavam… à luz de um candeeiro a petróleo.
- Petróleo! O que é isso? Então não se carregava no botão como eu faço contigo para te ligar?
- Não Valéria, antigamente, como já te disse, não havia luz eléctrica. Utilizava-se o petróleo, que se tira do fundo do mar ou da terra. As pessoas aproveitavam-no para iluminar a noite.
- A sério, isso era mesmo assim? As coisas que tu sabes! Fala-me mais sobre o passado.
- Olha Valéria, os comboios não eram o que hoje são. Necessitavam de carvão para andar, que também é um combustível. Mais tarde, descobriu-se que estes combustíveis (petróleo e carvão) não duram para sempre e poluem o ambiente. Foi então que se pensou em procurar outras fontes de energia.
- Tantas coisas que estou a aprender contigo!... Também tenho uma novidade para te contar. Sabes, na minha escola, vamos aprender a fazer pão com a avó da Beatriz. Eu até já levei farinha.
O candeeiro interrompeu: - Que engraçado! A farinha, antigamente, era moída no moinho que, através da força do vento ou da água, transformava os grãos de milho e centeio em farinha. - Conta-me, conta-me, estou curiosa por saber mais, quero ensinar os meus amiguinhos Esqueirinhos, lá na minha escola! |
O candeeiro continuou:
- Hoje, a força da água (energia hidráulica) e do vento (energia eólica) são aproveitadas para a produção de energia eléctrica. É por isso que eu estou aqui.
Entretanto, a mãe da Valéria apareceu no quarto e mandou-a apagar o candeeiro, pois no dia seguinte, a família iria fazer um lindo passeio. Durante toda a noite a Valéria não dormiu, imaginou como seria o seu passeio… Seria mesmo fantástico, pensou.
Pela manhã, a Valéria dentro do carro observou a paisagem, as árvores, os rios, as flores… Ela ia muito contente e de repente perguntou:
- Ó mãe, o que é aquilo? Para que serve?
- É uma barragem. As barragens são feitas de forma a acumularem o máximo de água possível e depois a força da água (energia hidráulica) produz energia eléctrica. Sem electricidade não poderias usar o magalhães, ligar a televisão, nem podias ter os alimentos frescos no frigorífico!
- Podemos visitá-la? Anda lá, pai!
O pai levou-a até lá e explicou-lhe como tudo aquilo funcionava.
Mesmo ao lado da barragem, a Valéria viu uma casa amarela com painéis solares.
O pai explicou-lhe que os painéis solares (energia solar), produzem electricidade e calor, aquecem a água das casas… Contou-lhe que esta é uma energia renovável, que não polui o ambiente e não se esgota.
A Valéria ficou espantada e muito curiosa… e com vontade de aprender mais!!
- Como estás tão curiosa, com as energias renováveis, vou levar-te a um sítio para observares os aerogeradores. - disse o pai.
- Aerogeradores?! O que são?
- Os aerogeradores são movidos pela força do vento (energia eólica), para produzir energia eléctrica. Esta é uma energia renovável, que também não polui o ambiente e não se esgota.
Valéria estava encantada…
Numa vila perto do parque eólico estava a decorrer uma feira infantil, dedicada às novas energias. Vendiam-se maquetas, brinquedos, vira-ventos… Boa parte da pequenada alertava o público presente, para assuntos sérios, tais como: a preservação do ambiente (reciclagem, poupança de energia), a importância das energias renováveis... |
- Valéria, tens aqui um presente! – disse o pai da Valéria.
- Um presente para mim?!!
- Sim, um presente especial UM ROBÔ ENERGÉTICO! Com ele poderás aprender tudo sobre as energias renováveis.
Valéria não pensou duas vezes, no dia seguinte, levou o robô para a escola, seria uma grande surpresa para todos.
Já na escola aproximou-se do robô e clicou num botão verde. O robô fez uns sinais sonoros e começou a falar:
- Olá a todos! Sou um robô amigo, querem fazer uma viagem comigo ao mundo das energias?
- Siiiim!!! – responderam todos.
- Existem dois tipos de energias: as renováveis e as não renováveis.
- Eu já ouvi falar das energias renováveis: a eólica, a solar, a hídrica, a biomassa, a geotérmica e marés. Estas são energias «limpas» e não prejudicam o ambiente. – disse o Nuno.
- Pois, pois… muito bem! E o petróleo, o gás natural, o carvão e o urânio, (os combustíveis fósseis), são fontes de energia não renováveis, são consideradas energias «sujas», uma vez que a sua utilização causa danos ao meio ambiente e à saúde pública. – acrescentou o robô.
- Eu também ouvi na televisão que a produção de petróleo só existirá para mais dez anos! – disse a Susana.
- E o seu preço vai continuar a aumentar e a fazer mal ao meio ambiente. – lembrou o Hugo.
- Se as energias limpas são as melhores, temos que avisar toda a gente. – disse o João Pedro.
O pequeno robô colocou a todos uma questão:
- Ó amiguinhos, terá o nosso planeta recursos suficientes e capazes de produzir energia no futuro?
Todos os alunos olharam curiosamente para o robô… e ele continuou…
- A utilização pouco eficiente da energia traz ameaças preocupantes para o Planeta. Sabiam Esqueirinhos? Caso não sejam encontradas novas soluções energéticas e se não se mudar o actual estilo de vida, o vosso futuro pode estar comprometido.
- Podemos um dia ficar sem luz durante a noite? E os carros não andarem? – perguntou o Jorge Rocha.
- Claro que sim. A solução para a crise energética está nas energias renováveis… as energias limpas, de que falámos à pouco.
Valéria pediu a palavra e perguntou:
- Então o que podemos fazer, para termos energia no futuro?
- Criem Brigadas Positivas, entrem no concurso Missão UP/Unidos pelo Planeta!! É uma ideia original que vos deixo. - disse o robô.
- Concordo professora, vamos todos salvar a nossa amiga Energia! Vamos mudar as nossas atitudes e comportamentos… Vamos ser amigos do Ambiente!! – gritou a Valéria.
- Siiiiiimm Valéria!! Estamos contigo!! – gritaram todos.
De seguida, cada aluno deu a sua sugestão, em prol da eficiência energética:
- Apaga as luzes, aproveitar ao máximo a luz natural; - Utilizar lâmpadas económicas; - Comprar electrodomésticos com maior eficiência energética; - Ligar apenas uma televisão; - Utilizar as máquinas de lavar com a carga completa; - Desligar sempre o computador e aparelhagens; - Investir num bom isolamento térmico nas casas; - Andar mais a pé ou de bicicleta; - Comprar carros movidos a baterias carregadas por electricidade gerada pelo vento; - (…) |
E assim terminou uma aula, onde as energias renováveis e a preservação do ambiente foram a temática dominante. Uma causa mil sorrisos!!
História elaborada pelos alunos JI e EB1 de Esqueiros, Janeiro 2011
Os alunos do 2º ano aceitaram o desafio de lerem a história do “O Capuchinho Vermelho” aos alunos do 1º ano. Leram, mostraram as imagens do livro, e por fim, prepararam e organizaram os diversos adereços (frases e imagens) necessários à construção de um lindo cenário.
A mãe do Capuchinho Vermelho pensa na avó, que está doente.
A mãe do Capuchinho Vermelho prepara um lanche para a avó.
A mãe recomendou-lhe que não falasse com estranhos.
A mãe do Capuchinho pediu-lhe para levar um cestinho com o lanche à avó que estava doente.
O Capuchinho Vermelho fez um recado à mãe.
O lobo finge ser simpático para o Capuchinho Vermelho.
O Capuchinho esqueceu-se das recomendações da mãe e falou com o lobo.
O Capuchinho Vermelho não cumpriu as recomendações da mãe.
O espertalhão do lobo chegou primeiro a casa da avó.
O lobo entrou em casa, assustou a avozinha e comeu-a.
O lobo deitou-se na cama fingindo que era a avozinha.
O Capuchinho achou a avozinha muito estranha.
O lobo saltou da cama e tentou agarrar o Capuchinho.
O lobo ataca a avozinha e o Capuchinho Vermelho.
O caçador estranhou ver a porta aberta e foi ver o que se passava.
O caçador ouviu um barulho estranho e entrou na casa da avozinha.
O caçador disparou contra o lobo e salvou o Capuchinho e a avozinha.
O caçador ajudou a avó e o Capuchinho Vermelho.
A avozinha, o Capuchinho e o caçador lancharam juntos.
Alunos do 1º e 2º anos da EB1 de Esqueiros
- Olá, eu sou a Ritinha! Viram por aí a Valéria? Sabem, eu sou a sua bonequinha que costuma brincar com ela no seu jardim encantado. Ela ensina-me muitas coisas e já me deu a conhecer a vossa história do projecto: “A criança que não queria crescer”. Disse-me que é muito rica em adjectivos! Sabem o que são adjectivos? Ajudem-me a encontrar adjectivos na vossa história.
Nota: Adjectivo é uma palavra que caracteriza um nome atribuindo-lhe qualidade/característica, estado ou modo de ser.
Ex. "Valéria tinha uma boneca muito pequenina, mas muito bonita..."
Comemorámos o Dia Mundial do Livro.
Partilhámos lindos momentos com livros especiais, de Luísa Ducla Soares.
Pedi um livro à mãe
a mãe comprou.
Eu li o livro todo
e a mãe gostou.
Fui para a cama
de livro na mão.
Comecei a ler
para o meu irmão.
Veio o papá
e ouviu-me a ler.
Deu-me um abraço
e ficou a ver.
Veio a avó
ela estava cansada.
Ouviu-me a ler
ficou espantada.
Veio o avô
para jantar.
Ouviu-me a ler
ficou a chorar.
Veio a Valéria
queria brincar.
Ouviu-me a ler
os animais foi chamar.
Texto colectivo, 1º ano
Ler é tudo de Bom! Ler é saber Mais! Ler, ajuda a Crescer! | |
Um livro, um amigo... | Livro, meu livrinho... |
Livro amigo, meu amiguinho É com prazer que te vejo. És bem-vindo a minha casa Sempre com grande desejo.
Todas as noites te leio, Tu és um bem precioso. Fica comigo para sempre Porque és maravilhoso.
Quero que me acompanhes Nas minhas grandes lições. Eu adoro as tuas leituras, Sempre lidas com emoções.
Juliana, 4º ano
| Livro, meu livrinho Tu és tão importante. És um grande tesouro, Maior que um diamante.
Temos de ler muito mais E deixar os computadores. Ler histórias de príncipes, E também de animais e flores.
Livros de prosa ou poesia Para leitura são ideais. Livros sobre o ambiente, De florestas e animais.
João Dourado, 4º ano
|
E não te esqueças... de comprar um livrinho!!
Feira do Livro - 28, 29 e 30 de Abril
Polivalente da Escola EB 2/3 Vila Verde
Na sala de aula explorámos o livro da autora,"Histórias, Memórias e Contos Tontos",
E demos asas à imaginação…
“Pic-Pic
Já piquei.”
Quantas histórias eu achei!!
Fui ouvi-las à biblioteca,
Maria do Céu encontrei.
Da sua boca eu ouvi
Histórias Memórias e contos tontos.
As histórias eram bonitas,
Bonitos também eram os contos.
Aos contos ela deu vida,
E as crianças ensinou.
De repente falou,
E os livros assinou.
“Pico-pico maçarico
Quem te deu tamanho bico?”
Foi a Maria do Céu Nogueira
Que nos deu tamanha brincadeira.
Alunos 4º ano
O Daniel faz bonecos de papel.
A Beatriz coça o nariz.
A Margarida Oliveira vai regar a pereira.
A Mariana faz amizade com a Adriana.
A Catarina come a gelatina.
A Rita usa a fita.
O Nuno Gabriel vai a casa buscar o papel.
A Adriana faz amizade com a Mariana.
A Carolina nada numa piscina.
A Marisa come a pizza.
A Margarida dá uma corrida.
A Rita come a batata frita.
O Hugo gosta do texugo.
O Márcio José tem um boné.
O Daniel compra papel.
O André vai ao café.
O Mauro tem um dinossauro.
A Johana é amiga da Juliana.
O Diogo apaga o fogo.
O Ricardo leva o fardo.
Alunos 2º e 3º anos
Um dos acontecimentos mais sublimes do ser humano consiste na partilha dos valores da cidadania. Essa dádiva em que a pessoa deve ser pródiga, sai reforçada quando o nosso esforço é premiado.
No caso concreto, registámos e aplaudimos um excelente momento cultural, consistindo no lançamento a público de um livro. Um livro, escrito para crianças, para ser partilhado por todos.
Que momento esse o da partilha de emoções, de desabafos, de histórias, trava-línguas, lengalengas, enfim, acontecimento que deve ser registado, em prol do fomento do livro e da leitura.
O livro em causa chama-se “Histórias, Memórias e Contos Tontos”. A sua autora é a Maria do Céu Nogueira, natural de Escariz de São Martinho, Vila Verde.
Registe-se ainda que o acontecimento se deu nos Paços do Concelho de Vila Verde e que teve o alto patrocínio do Presidente da Câmara, Dr. António Vilela e da Vereadora da Cultura, Dra. Júlia Rodrigues Fernandes.
Câmara Municipal de Vila Verde, Braga
"A criança que não queria crescer"
Introdução:
Valéria vivia numa terra de sonho, (em Esqueiros) num jardim encantado, onde as plantas, os pássaros, as águas e os meninos como ela eram felizes. Valéria era uma menina muito pequenina e cheia de vida. Falava com os peixes, dançava com as borboletas, corria com os pássaros… e cheirava tão bem; como os frutos maduros. Um dia, ela decidiu que não queria crescer mais, porque se apercebeu que o nosso Planeta está doente por causa dos erros que os adultos cometem. Ao fim de algumas aventuras, ela muda de opinião e decide crescer e agir para salvar o Planeta Azul. Uma corrente de solidariedade é iniciada por Valéria na escola de Esqueiros e levada aos meninos da cidade de Braga, de Portugal, da Europa, do Mundo inteiro (até aos EUA e à China). Quando os homens e mulheres de todo o mundo ouvirem a mensagem da Valéria… podem imaginar como ficarão?
Um dia, levaram a Valéria ao cinema ver um filme a cores. Talvez fosse A Gata Borralheira ou A Bela Adormecida. Não me recordo. Só sei que antes do filme mais longo, passaram um outro, mais curto. Era estranho e horrível, e chamava-se ACTUALIDADES.
Valéria no ecrã viu os perigos que o Planeta Terra atravessa… a poluição, os incêndios, a falta de água… homens a tentarem sobreviver a cheias, viu casas a desmoronarem-se em chamas, uma menina a chorar no meio dos destroços… viu animais a morrer cruelmente…
Valéria foi levada para casa e como não quis jantar deitaram-na na cama com a sua bela boneca. Mas nada nem ninguém podia desfazer aquelas imagens da memória e ela chorou toda a noite…
A partir daquele dia, Valéria não foi mais a mesma. A mãe via-a a emagrecer e a enfraquecer e todo o seu amor era impotente perante a tristeza da menina. Valéria não esquecia as faces tristes das crianças do ecrã. Às escondidas, lia os jornais que contam as histórias tristes do nosso Planeta Azul. Da biblioteca trazia dezenas de livros sobre as problemáticas do ambiente. Procurou informar-se sobre alguns temas: a destruição da camada de ozono, o aquecimento global, as alterações climáticas, falta de água, o desaparecimento de florestas e de algumas espécies de animais…
“Salve o Planeta Terra!
Ecologia é o estudo das relações dos seres vivos (plantas, animais, seres humanos) entre si e com o meio ambiente. É através da Ecologia que aprendemos a lidar com o meio ambiente, preservar o nosso planeta, cuidar dos animais, economizar agua, etc. Muitos adultos não se preocupam com o meio ambiente, e as crianças podem dar bons exemplos, aprendendo desde pequeninos a preservar o planeta que é delas; com isso elas estarão a cuidar do próprio futuro. O planeta tem enfrentado muitos problemas de aquecimento, destruição florestal, instabilidades climáticas, tudo por irresponsabilidade do ‘Homem’, e se não cuidarmos dele, num futuro próximo ele poderá não mais existir. Por isso é importante a consciencialização das crianças para um mundo melhor e mais puro!!”
Paul Éluard
L’enfant qui ne voulait pas grandir
Paris, Pocket Jeunesse, 1999
(tradução e adaptação)
Adaptado pelos esqueirinhos, 2009
EB1 de Esqueiros, Vila Verde
O grupo de crianças do Jardim-de-infância de Esqueiros, participou no concurso “Personagens de Contos de Fadas”, com os principais protagonistas do conto “ Os Três Porquinhos”.
Foi um trabalho desenvolvido com muito empenho, entusiasmo, articulando com as diferentes áreas de conteúdo previstas nas orientações curriculares.
Esperamos que gostem tanto deste trabalho, como nós sentimos o prazer de colocar palha sobre palha, tábua sobre tábua, pintar, recortar… pequenas, grandes histórias que nos levam ao mundo da fantasia.
Em nome do grupo de príncipes e princesas crianças desde Jardim-de-infância, o nosso muito obrigado.
Jardim-de-infância de Esqueiros, Vila Verde
Com “a menina do mar” aprendemos o valor da amizade.
Era uma vez um menino que ia sempre à praia.
Um dia, o menino ouviu uns barulhos atrás de uma rocha.
Era a Menina do Mar, um caranguejo, um polvo e um peixe.
Ficaram todos amigos!
Falaram, brincaram, passearam,
à beira mar...
Os dias foram passando,
E todos os dias se encontravam…
Cada dia estavam mais amigos!!
O menino convidou-a para ir visitar a terra.
Ele mostrou muitas coisas da terra.
Mas um dia, a malvada da Raia Gigante,
Quis separá-los…
Apareceram muitos polvos e eles tentaram fugir.
Os polvos faziam muito mal, mas o menino não largava a menina.
O menino caiu e adormeceu e a menina desapareceu.
O menino acordou numa rocha com marcas das ventosas dos polvos.
Passaram dias e dias e o menino voltava sempre à praia,
mas nunca mais viu a menina e os seus três amigos.
Chegou o Inverno,
O menino viu uma gaivota
que trazia no bico uma poção,
para o menino se transformar em Menino do Mar.
Ele bebeu, e durante dias e noites viajou no mar.
E finalmente chegou,
à ilha onde a Menina do Mar estava.
Eles agora podiam ficar sempre juntos.
E assim aconteceu.
Nunca mais se separaram.
PNL 4º ano
"A criança que não queria crescer"
Introdução:
Valéria vivia numa terra de sonho, (em Esqueiros) num jardim encantado, onde as plantas, os pássaros, as águas e os meninos como ela eram felizes. Valéria era uma menina muito pequenina e cheia de vida. Falava com os peixes, dançava com as borboletas, corria com os pássaros… e cheirava tão bem; como os frutos maduros. Um dia, ela decidiu que não queria crescer mais, porque se apercebeu que o nosso Planeta está doente por causa dos erros que os adultos cometem. Ao fim de algumas aventuras, ela muda de opinião e decide crescer e agir para salvar o Planeta Azul. Uma corrente de solidariedade é iniciada por Valéria na escola de Esqueiros e levada aos meninos da cidade de Braga, de Portugal, da Europa, do Mundo inteiro (até aos EUA e à China). Quando os homens e mulheres de todo o mundo ouvirem a mensagem da Valéria… podem imaginar como ficarão?
Um dia, levaram a Valéria ao cinema ver um filme a cores. Talvez fosse A Gata Borralheira ou A Bela Adormecida. Não me recordo. Só sei que antes do filme mais longo, passaram um outro, mais curto. Era estranho e horrível, e chamava-se ACTUALIDADES.
Valéria no ecrã viu os perigos que o Planeta Terra atravessa… a poluição, os incêndios, a falta de água… homens a tentarem sobreviver a cheias, viu casas a desmoronarem-se em chamas, uma menina a chorar no meio dos destroços… viu animais a morrer cruelmente…
Valéria foi levada para casa e como não quis jantar deitaram-na na cama com a sua bela boneca. Mas nada nem ninguém podia desfazer aquelas imagens da memória e ela chorou toda a noite…
A partir daquele dia, Valéria não foi mais a mesma. A mãe via-a a emagrecer e a enfraquecer e todo o seu amor era impotente perante a tristeza da menina. Valéria não esquecia as faces tristes das crianças do ecrã. Às escondidas, lia os jornais que contam as histórias tristes do nosso Planeta Azul. Da biblioteca trazia dezenas de livros sobre as problemáticas do ambiente. Procurou informar-se sobre alguns temas: a destruição da camada de ozono, o aquecimento global, as alterações climáticas, falta de água, o desaparecimento de florestas e de algumas espécies de animais…
“Salve o Planeta Terra!
Ecologia é o estudo das relações dos seres vivos (plantas, animais, seres humanos) entre si e com o meio ambiente. É através da Ecologia que aprendemos a lidar com o meio ambiente, preservar o nosso planeta, cuidar dos animais, economizar agua, etc. Muitos adultos não se preocupam com o meio ambiente, e as crianças podem dar bons exemplos, aprendendo desde pequeninos a preservar o planeta que é delas; com isso elas estarão a cuidar do próprio futuro. O planeta tem enfrentado muitos problemas de aquecimento, destruição florestal, instabilidades climáticas, tudo por irresponsabilidade do ‘Homem’, e se não cuidarmos dele, num futuro próximo ele poderá não mais existir. Por isso é importante a consciencialização das crianças para um mundo melhor e mais puro!!”
Paul Éluard
L’enfant qui ne voulait pas grandir
Paris, Pocket Jeunesse, 1999
(tradução e adaptação)
Adaptado pelos esqueirinhos, 2009
EB1 de Esqueiros, Vila Verde
Um conto "A Lagartinha muito comilona" com a educadora Carla, da Biblioteca Municipal.
Era uma vez uma Lagartinha que estava cheia, cheiinha de fome. Na segunda-feira comeu uma maçã. Na terça-feira comeu duas pêras. Na quarta-feira, a Lagartinha comeu três ameixas. Já na quinta-feira, comeu quatro morangos. A Lagartinha ainda continuava com fome. No sábado ela comeu uma fatia de bolo, um gelado, um pikle, uma fatia de queijo, um chupa-chupa, uma fatia de chouriço, um queque, uma fatia de melancia. A Largatinha ficou com dores de barriga. Ela resolveu comer uma folha. No domingo ela construi um casulo para descansar. Passado uns dias, foi-se aquecendo no seu casulo e transformou-se numa linda borboleta. Fim! (Alunos do 2º e 3º ano)
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