Temos alunos empenhados com o projecto ambiental e os sacos com as embalagens não param de chegar... Pelas mãos dos nossos alunos passarão muitas embalagens, mas também muitas mensagens alertando todos os nossos amigos da importância de agirmos para salvarmos nosso Planeta Azul!
Chamamos a atenção para os perigos que a Terra atravessa hoje em dia (a poluição, as alterações climáticas, a falta de água…). A responsabilidade de salvar o nosso Planeta é de todos: crianças e adultos.
Vamos todos construir um mundo melhor!
(Projecto dinamizado pelos alunos do Jardim-de-infância e EB1 de Esqueiros, Vila Verde)
Vamos contar uma história passada num vale verde chamado Rabanetelândia, um local triste atravessado por um riacho, tendo como habitantes muitos rabanetes, frutos, hortaliças, peixes… uma terra cheia de gotinhas e alimentos tristes, que, de futuro, irão ganhar vida graças à atitude de uma menina chamada Valéria...
Valéria passeia no vale verde e, dialogando com o riacho, com os peixes, com os frutos e com as árvores, apercebe-se de que eles estão doentes por causa dos erros que os homens cometem. As gotinhas de água, o ar e o mar contam-lhe que também eles estão poluídos e mostram-lhe que é necessário salvar a Natureza. Uma corrente de solidariedade é iniciada por Valéria, através de cartas enviadas para todo o mundo que foram levadas pelo vento, pelos pássaros, pelas gotinhas de água, pelos peixes ou passadas de mão em mão. A mensagem chegou ao coração de todos os meninos que serão os homens e mulheres de amanhã; a sua palavra será cumprida e o mundo será salvo.
Cabelo ao vento,
Valéria avançava no vale,
no verde vale,
Valéria.
O riacho passou perto dela, correndo de pedra em pedra, e disse bom dia. Era um riacho muito bem-educado.
E Valéria respondeu: — Bom dia, amigo Riacho! — e perguntou:
— Quem sujou as tuas águas que eram tão claras quando eu tinha cinco anos e ia à escola pela primeira vez? Quem foi?
E o riacho, de pedra em pedra correndo, contou que todas as fábricas da região ali deitavam mercúrio, cobre, zinco, chumbo, todas as coisas ruins que estragavam as suas águas.
— Eu sei! — disse Valéria. — Tu estás poluído, amigo Riacho; os homens que fizeram isso são ignorantes, a tua água já não vai servir para beber, os teus peixes vão ficar doentes, as plantas e os frutos que tu regas não podem ser felizes.
— Pois é Valéria, os humanos não se importam comigo… — disse o riacho muito triste. — O homem vai modificando os ambientes naturais e transforma os rios, lagos, e mares em autênticas lixeiras. Lançam-me para aqui os lixos domésticos (detergentes, alimentos, garrafas…), as fábricas abrem os seus esgotos directamente para mim, usam-se pesticidas que se dissolvem aqui nas minhas águas… e acabo por ficar assim, muito doente.
— Tens toda a razão Riacho, todos nós contribuímos para a poluição da água, alterando a sua composição natural. — disse a Valéria
Valéria aproximou-se mais um pouco da margem do riacho e explicou:
— Todos os seres vivos necessitam da tua água, por isso é muito importante preservá-la. O homem dificilmente sobreviveria uma semana sem beber água…
— Como sabes tu tantas coisas, Valéria?
— Sabes, ando na EB1 de Esqueiros e lá aprendi estas coisas, a cuidar do ambiente, a preservar a água e a Natureza. Aprendi que a água é um bem precioso, um elemento indispensável à saúde e à vida! Ela, até é fonte de energia!!!
E os peixes subiram à tona do riacho e disseram a Valéria:
— Sim, nós também estamos doentes.
E as plantas curvaram as suas cabecinhas floridas e disseram a Valéria:
— Sim, nós estamos infelizes. Nós precisamos de água saudável para germinar, crescer, florir e dar frutos.
Foi então a vez de as árvores agitarem os ramos e os frutos e dizerem a Valéria:
— Nós também não somos felizes.
Aproximaram-se três rabanetes de poupa pouco verde e faces amareladas.
— Nós estamos tão doentes, precisamos tanto de uma chuvinha fresca, mas ela também anda doente, como o nosso amigo Riacho... — lamentaram-se os rabanetes.
De bengala na mão apareceu o velho Super Rabanete, o chefe da família dos rabanetes, com uma voz muito cansada e triste:
— Ah, se apanhasse um chuvisco de umas boas gotinhas de água, voltaria a ser forte e saudável. Um verdadeiro herói como nos velhos tempos! A água é um bem indispensável para a agricultura, para a produção de alimentos, ela tem influência decisiva na qualidade de vida das populações e dos ecossistemas.
— Tens toda a razão amigo… — disse a Valéria.
De repente apareceu um menino, amigo da Valéria, o César; e ouvindo a conversa interferiu:
— Os homens andam cegos e tolinhos da cabeça… As frutas já não têm vitaminas, sais minerais, como antes. A água doce é um recurso precioso e essencial à vida… e cada dia é mais escasso. Temos que fazer alguma coisa, não acham?
E Valéria contou pelos dedos das mãos: por causa do chumbo, do chumbo e do mercúrio, do mercúrio e do zinco, do zinco e do cobre, dos produtos químicos, e dos homens que não sabem o mal que estão a fazer.
Depois do riacho, dos peixes, das plantas e das árvores, foram as gotinhas de água que disseram a Valéria:
— Nós também estamos poluídas; viemos do mar, do grande mar, que está poluído pelo homem. Mil espécies de peixes já desapareceram e quase 20000 correm o perigo de desaparecerem. E agora até existe outra poluição porque os navios encheram os oceanos de garrafas de plástico.
— De garrafas de plástico?
— Sim. O Oceano Pacífico está cheio de garrafas de plástico que serviram para refrigerantes e que são lançadas ao mar. São milhares de garrafas que ficam a boiar. E lá no fundo, onde antigamente havia lindos recifes de corais, encontra-se chumbo, mercúrio; os peixes não resistem, Valéria; se os homens não tiverem juízo, o mar pode morrer e os homens não podem viver sem o mar...
— Os homens não podem viver sem o mar — repetiu Valéria — e também não podem viver sem o ar que devia ser transparente mas também está poluído.
— Claro que estou poluído — confirmou o ar. — As chaminés das fábricas, os automóveis, os aviões têm-me poluído de tal maneira que qualquer dia não tenho oxigénio suficiente para a respiração das plantas, dos animais e do próprio homem.
Depois do riacho, dos peixes, das plantas, das árvores e das gotinhas de água que falaram do mar, e do ar que soprou as suas verdades, foi um pato que tinha vindo da Dinamarca que contou a Valéria que na sua terra havia cento e cinquenta mil caçadores que tinham cento e cinquenta mil espingardas e enchiam a Natureza de chumbinhos...
O pato explicou:
— Os meus amigos gansos, os meus camaradas marrecos e os meus irmãos patos engolem os chumbinhos que encontram na terra, misturados com pedras pequenas, e os chumbinhos, aos poucos, envenenam as aves; e se um dia os caçadores caçarem as aves, também podem ser envenenados ao saborearem o jantar...
— Os homens não sabem o que fazem — disse mais uma vez Valéria. — É preciso que todas as crianças do mundo, que serão os homens do futuro, salvem a Natureza. Salvem os rios, os riachos, os lagos e as lagoas, os peixes e peixinhos, os corais, os mariscos, todas aquelas coisas vivas e lindas com conchas e conchinhas, o mar, o grande mar, que leva os barcos e beija a praia, o ar, o oxigénio, o vento as nuvens, as gotinhas de água, os marrecos, os patos e os gansos, e todos os pássaros e todos os homens, e Valéria e todas as Valérias do mundo.
Foi então que o solo contou os seus problemas:
— Derrubaram as minhas florestas, queimaram a vegetação, colocaram herbicidas nas minhas folhas (sou ainda verde, mas por quanto tempo?), mataram os insectos; as vacas comeram a erva, e o leite ficou envenenado; as crianças que beberam o leite estão doentes. Assim não podemos continuar, pois não, Senhora Galinha?
E a galinha que estava a debicar as folhas e folhinhas nas pedras e nas pedrinhas disse logo que não; os seus ovos já não eram tão bons e os cereais também não e as verduras também não.
Valéria sabia que nenhum deles mentia porque a Natureza nunca mente e que era preciso escrever para as crianças do Brasil – que escreveriam para as de Portugal para que escrevessem para as da França – que escreveriam para as da Rússia para que escrevessem para as da Índia – que escreveriam para as do Japão para que escrevessem para as da China – que escreveriam para as da Inglaterra, da Itália, da América, de todos os cantos e recantos do mundo, porque era preciso que todos os meninos – meninos brancos, meninos pretos, meninos amarelos, (e as meninas também, é claro) – soubessem que a vida estava em perigo e era preciso salvar a vida.
Cabelo ao vento, Valéria avançava no vale, no verde vale, Valéria.
E escreveu cartas e mais cartas enviadas pelo correio, levadas pelos pássaros que emigravam, pelos peixes que partiam para outros rios e para outros mares sopradas pelo vento, seguindo na boca dos bichos, passadas de mão em mão pelas crianças de todas as raças.
E as crianças de todas as raças chamaram os pássaros que tinham – os peixes – e o vento – e as gotinhas de água - e os bichos – e as mãos, e levaram a mensagem de Valéria para que todos soubessem, em todas as partes do mundo, que a vida estava em perigo.
E quando todas as crianças souberam, todas se recusaram a continuar os erros dos homens – poluindo os rios, a chuva, os mares, o ar, o solo, tudo, tudo, tudo.
A mensagem de Valéria chegou ao coração de todos os meninos e meninas, que serão os homens e as mulheres de amanhã. Que serão os pais e as mães de novos meninos e de novas meninas.
Todos decidiram salvar a Natureza e todos os bichos e todos os seres humanos que fazem parte da Natureza. Até a Carlota Joaquina, a rainha da poluição, deu a sua contribuição, deixou de fazer chichi no riacho e agora entrega cartas com despacho!!!!
Ainda temos de esperar para que as crianças sejam adultas e cumpram a palavra que deram. Mas podemos confiar na palavra dada, porque a palavra da criança não está poluída.
Os pássaros que levaram a mensagem contaram a outros pássaros – os peixes a outros peixes – as ondas a outras ondas e o vento soprou a mensagem que correu nas patas dos bichos.
Agora todos sabem o que se passou, e o riacho salta e saltita e diz:
— Obrigado, Valéria!
Exactamente como os peixes, as plantas e as árvores, que dizem:
— Obrigada, Valéria!
Tal e qual as gotinhas de água, que descem do alto muito fininhas, para dizerem:
— Obrigado, Valéria!
E o ar que voltará a ser transparente e agradece, agradece, enquanto o pato que veio da Dinamarca, em nome de todas as aves e pássaros e de todos os bichos, diz quá-quá, que é “obrigado” em língua de pato.
E a vida, que é tudo, tudo o que está poluído e maltratado pelos homens, olha a menina que enviou a mensagem e tem confiança na promessa das crianças de salvarem a Natureza.
"- Olá “esqueirinhos”, olá gotinhas de Esqueiros, quero dizer-vos que estou muito orgulhosa com o vosso desempenho, a minha mensagem «Salvem a Natureza» chegou ao vosso coração, isso só foi possível porque sei que vocês são muito especiais e muito amigos do ambiente. Peço-vos que continuem… A nossa mensagem tem que chegar a mais corações, aos corações de todos os meninos e meninas do mundo, que serão os homens e as mulheres de amanhã. Estou muito Feliz!!! Estou também, muito bonita na vossa janela da escola. Obrigada amiguinhos!!! Obrigada D. Lucília!!!" Valéria
WALL-E é um filme protagonizado pelo robô WALL-E, que foi deixado no poluído planeta Terra, enquanto a população mundial se translada temporariamente para uma nave no espaço até que a limpeza fosse concluída e o mundo se tornasse habitável.
WALL-E foi programado para limpar sozinho o Planeta, e ao longo de 700 anos foi coleccionando inúmeros artefactos humanos que ele encontra durante a limpeza (entre eles, um cubo mágico e o seu filme favorito, Hello, DollY!)
Nesse espaço de tempo, o pequeno WALL-E desenvolveu consciência e personalidade. Seu interesse pela cultura de um povo que ele nunca conheceu, assim como, o respeito pela vida, através do único contacto vivo, a sua companheira, uma baratinha de estimação.
Mas um dia, chega dos céus uma nave... dentro dela está a EVA...
WALL-E recebe a visita de EVA, uma nova espécie de robô (um robô feminino por quem se apaixona), esta foi enviada ao planeta para procurar exemplares vegetais vivos... no meio de tanta sucata existia uma planta… estava encontrada a resolução para o futuro da Terra.
À semelhança dos anos anteriores, no Dia do Pai, os papás vieram à escola de Esqueiros.
Desta vez, pais e filhos (de avental), sensibilizados com a história "Valéria e a vida" mostraram as suas habilidades artísticas e o seu amor pela Natureza!
E aqui ficam os nossos registos e os nossos apelos:
Vamos contar uma história passada num vale verde chamado Rabanetelândia, um local triste atravessado por um riacho, tendo como habitantes muitos rabanetes, frutos, hortaliças, peixes… uma terra cheia de gotinhas e alimentos tristes, que, de futuro, irão ganhar vida graças à atitude de uma menina chamada Valéria...
Introdução:
Valéria passeia no vale verde e, dialogando com o riacho, com os peixes, com os frutos e com as árvores, apercebe-se de que eles estão doentes por causa dos erros que os homens cometem. As gotinhas de água, o ar e o mar contam-lhe que também eles estão poluídos e mostram-lhe que é necessário salvar a Natureza. Uma corrente de solidariedade é iniciada por Valéria, através de cartas enviadas para todo o mundo que foram levadas pelo vento, pelos pássaros, pelas gotinhas de água, pelos peixes ou passadas de mão em mão. A mensagem chegou ao coração de todos os meninos que serão os homens e mulheres de amanhã; a sua palavra será cumprida e o mundo será salvo.
Cabelo ao vento,
Valéria avançava no vale,
no verde vale,
Valéria.
O riacho passou perto dela, correndo de pedra em pedra, e disse bom dia. Era um riacho muito bem-educado.
E Valéria respondeu: — Bom dia, amigo Riacho! — e perguntou:
— Quem sujou as tuas águas que eram tão claras quando eu tinha cinco anos e ia à escola pela primeira vez? Quem foi?
E o riacho, de pedra em pedra correndo, contou que todas as fábricas da região ali deitavam mercúrio, cobre, zinco, chumbo, todas as coisas ruins que estragavam as suas águas.
— Eu sei! — disse Valéria. — Tu estás poluído, amigo Riacho; os homens que fizeram isso são ignorantes, a tua água já não vai servir para beber, os teus peixes vão ficar doentes, as plantas e os frutos que tu regas não podem ser felizes.
— Pois é Valéria, os humanos não se importam comigo… — disse o riacho muito triste. — O homem vai modificando os ambientes naturais e transforma os rios, lagos, e mares em autênticas lixeiras. Lançam-me para aqui os lixos domésticos (detergentes, alimentos, garrafas…), as fábricas abrem os seus esgotos directamente para mim, usam-se pesticidas que se dissolvem aqui nas minhas águas… e acabo por ficar assim, muito doente.
— Tens toda a razão Riacho, todos nós contribuímos para a poluição da água, alterando a sua composição natural. — disse a Valéria.
Valéria aproximou-se mais um pouco da margem do riacho e explicou:
— Todos os seres vivos necessitam da tua água, por isso é muito importante preservá-la. O homem dificilmente sobreviveria uma semana sem beber água…
— Como sabes tu tantas coisas, Valéria?
— Sabes, ando na EB1 de Esqueiros e lá aprendi estas coisas, a cuidar do ambiente, a preservar a água e a Natureza. Aprendi que a água é um bem precioso, um elemento indispensável à saúde e à vida! Ela, até é fonte de energia!!!
E os peixes subiram à tona do riacho e disseram a Valéria:
— Sim, nós também estamos doentes.
E as plantas curvaram as suas cabecinhas floridas e disseram a Valéria:
— Sim, nós estamos infelizes. Nós precisamos de água saudável para germinar, crescer, florir e dar frutos.
Foi então a vez de as árvores agitarem os ramos e os frutos e dizerem a Valéria:
— Nós também não somos felizes.
Aproximaram-se três rabanetes de poupa pouco verde e faces amareladas.
— Nós estamos tão doentes, precisamos tanto de uma chuvinha fresca, mas ela também anda doente, como o nosso amigo Riacho... — lamentaram-se os rabanetes.
De bengala na mão apareceu o velho Super Rabanete, o chefe da família dos rabanetes, com uma voz muito cansada e triste:
— Ah, se apanhasse um chuvisco de umas boas gotinhas de água, voltaria a ser forte e saudável. Um verdadeiro herói como nos velhos tempos! A água é um bem indispensável para a agricultura, para a produção de alimentos, ela tem influência decisiva na qualidade de vida das populações e dos ecossistemas.
— Tens toda a razão amigo… — disse a Valéria.
De repente apareceu um menino, amigo da Valéria, o César; e ouvindo a conversa interferiu:
— Os homens andam cegos e tolinhos da cabeça… As frutas já não têm vitaminas, sais minerais, como antes. A água doce é um recurso precioso e essencial à vida… e cada dia é mais escasso. Temos que fazer alguma coisa, não acham?
E Valéria contou pelos dedos das mãos: por causa do chumbo, do chumbo e do mercúrio, do mercúrio e do zinco, do zinco e do cobre, dos produtos químicos, e dos homens que não sabem o mal que estão a fazer.
Depois do riacho, dos peixes, das plantas e das árvores, foram as gotinhas de água que disseram a Valéria:
— Nós também estamos poluídas; viemos do mar, do grande mar, que está poluído pelo homem. Mil espécies de peixes já desapareceram e quase 20000 correm o perigo de desaparecerem. E agora até existe outra poluição porque os navios encheram os oceanos de garrafas de plástico.
— De garrafas de plástico?
— Sim. O Oceano Pacífico está cheio de garrafas de plástico que serviram para refrigerantes e que são lançadas ao mar. São milhares de garrafas que ficam a boiar. E lá no fundo, onde antigamente havia lindos recifes de corais, encontra-se chumbo, mercúrio; os peixes não resistem, Valéria; se os homens não tiverem juízo, o mar pode morrer e os homens não podem viver sem o mar...
— Os homens não podem viver sem o mar — repetiu Valéria — e também não podem viver sem o ar que devia ser transparente mas também está poluído.
— Claro que estou poluído — confirmou o ar. — As chaminés das fábricas, os automóveis, os aviões têm-me poluído de tal maneira que qualquer dia não tenho oxigénio suficiente para a respiração das plantas, dos animais e do próprio homem.
Depois do riacho, dos peixes, das plantas, das árvores e das gotinhas de água que falaram do mar, e do ar que soprou as suas verdades, foi um pato que tinha vindo da Dinamarca que contou a Valéria que na sua terra havia cento e cinquenta mil caçadores que tinham cento e cinquenta mil espingardas e enchiam a Natureza de chumbinhos...
O pato explicou:
— Os meus amigos gansos, os meus camaradas marrecos e os meus irmãos patos engolem os chumbinhos que encontram na terra, misturados com pedras pequenas, e os chumbinhos, aos poucos, envenenam as aves; e se um dia os caçadores caçarem as aves, também podem ser envenenados ao saborearem o jantar...
— Os homens não sabem o que fazem — disse mais uma vez Valéria. — É preciso que todas as crianças do mundo, que serão os homens do futuro, salvem a Natureza. Salvem os rios, os riachos, os lagos e as lagoas, os peixes e peixinhos, os corais, os mariscos, todas aquelas coisas vivas e lindas com conchas e conchinhas, o mar, o grande mar, que leva os barcos e beija a praia, o ar, o oxigénio, o vento as nuvens, as gotinhas de água, os marrecos, os patos e os gansos, e todos os pássaros e todos os homens, e Valéria e todas as Valérias do mundo.
Foi então que o solo contou os seus problemas:
— Derrubaram as minhas florestas, queimaram a vegetação, colocaram herbicidas nas minhas folhas (sou ainda verde, mas por quanto tempo?), mataram os insectos; as vacas comeram a erva, e o leite ficou envenenado; as crianças que beberam o leite estão doentes. Assim não podemos continuar, pois não, Senhora Galinha?
E a galinha que estava a debicar as folhas e folhinhas nas pedras e nas pedrinhas disse logo que não; os seus ovos já não eram tão bons e os cereais também não e as verduras também não.
Valéria sabia que nenhum deles mentia porque a Natureza nunca mente e que era preciso escrever para as crianças do Brasil – que escreveriam para as de Portugal para que escrevessem para as da França – que escreveriam para as da Rússia para que escrevessem para as da Índia – que escreveriam para as do Japão para que escrevessem para as da China – que escreveriam para as da Inglaterra, da Itália, da América, de todos os cantos e recantos do mundo, porque era preciso que todos os meninos – meninos brancos, meninos pretos, meninos amarelos, (e as meninas também, é claro) – soubessem que a vida estava em perigo e era preciso salvar a vida.
Cabelo ao vento, Valéria avançava no vale, no verde vale, Valéria.
E escreveu cartas e mais cartas enviadas pelo correio, levadas pelos pássaros que emigravam, pelos peixes que partiam para outros rios e para outros mares sopradas pelo vento, seguindo na boca dos bichos, passadas de mão em mão pelas crianças de todas as raças.
E as crianças de todas as raças chamaram os pássaros que tinham – os peixes – e o vento – e as gotinhas de água - e os bichos – e as mãos, e levaram a mensagem de Valéria para que todos soubessem, em todas as partes do mundo, que a vida estava em perigo.
E quando todas as crianças souberam, todas se recusaram a continuar os erros dos homens – poluindo os rios, a chuva, os mares, o ar, o solo, tudo, tudo, tudo.
A mensagem de Valéria chegou ao coração de todos os meninos e meninas, que serão os homens e as mulheres de amanhã. Que serão os pais e as mães de novos meninos e de novas meninas.
Todos decidiram salvar a Natureza e todos os bichos e todos os seres humanos que fazem parte da Natureza. Até a Carlota Joaquina, a rainha da poluição, deu a sua contribuição, deixou de fazer chichi no riacho e agora entrega cartas com despacho!!!!
Ainda temos de esperar para que as crianças sejam adultas e cumpram a palavra que deram. Mas podemos confiar na palavra dada, porque a palavra da criança não está poluída.
Os pássaros que levaram a mensagem contaram a outros pássaros – os peixes a outros peixes – as ondas a outras ondas e o vento soprou a mensagem que correu nas patas dos bichos.
Agora todos sabem o que se passou, e o riacho salta e saltita e diz:
— Obrigado, Valéria!
Exactamente como os peixes, as plantas e as árvores, que dizem:
— Obrigada, Valéria!
Tal e qual as gotinhas de água, que descem do alto muito fininhas, para dizerem:
— Obrigado, Valéria!
E o ar que voltará a ser transparente e agradece, agradece, enquanto o pato que veio da Dinamarca, em nome de todas as aves e pássaros e de todos os bichos, diz quá-quá, que é “obrigado” em língua de pato.
E a vida, que é tudo, tudo o que está poluído e maltratado pelos homens, olha a menina que enviou a mensagem e tem confiança na promessa das crianças de salvarem a Natureza.
"Há meninos que não têm Natal por vários motivos: porque são pobres,
porque vivem em países que estão em guerra, porque os adultos não
sabem tratar deles, etc.
Mas este ano vai ser diferente porque as pessoas importantes do
mundo uniram-se e obrigaram os países em guerra a fazerem as pazes
e construíram um cofre-forte para onde toda a gente pode enviar o seu contributo.
Também criaram uma escola para ensinar os adultos a tratarem melhor
dos mais pequenos.
E assim, com a ajuda de todos, o Natal 2007 irá ser melhor!”
Gabriel Graça, 3º ano
Vamos chamar a nossa amiga "IMAGINAÇÃO"!!!!
E vamos, como o Gabriel, dar a nossa opinião sobre este assunto... UM... DOIS.... TRÊS... COMEÇOUUUUU!!!!!!! Vamos todos escrever com motivação, amor e... PRAZER!!!
E não te esqueças... ao teu lado está sempre um amigo que
precisa de ti... um gesto teu... pode fazer nascer um SORRISO.