.EB1 de Esqueiros - Vila Verde - Braga - Portugal Agrupamento de Escolas de Vila Verde

Pequenos Gestos, Grandes Sorrisos!!

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Quinta-feira, 20 de Maio de 2010

O Planeta Terra está em risco!!

O diálogo entre uma árvore e o Planeta Azul

Árvore - Ó Planeta Terra estás tão triste?!...

Planeta - Olha que novidade, foram os homens que me poluiram todo.

Árvore - Os meus frutos já não sabem como antigamente. Eles eram maduros e saborosos, agora não.

Planeta – Então se ouvisses os peixinhos a falar; até ficavas espantada. Esses devem estar quase a morrer por causa dos esgotos das fábricas.

Árvore - As minhas amigas árvores também estão em perigo. Os lenhadores cortam-nas e cada dia temos menos oxigénio para respirar.

Planeta - Pois é, tens razão. E eu estou mesmo fraquinho, os homens estão a destruir-me. Se pelo menos as crianças me ajudassem!

Árvore - Pois, pois... tens razão, as crianças são os homens de amanhã! Sabes, eu sei de uma escola que te pode ajudar. Ela fala muito de ti, é a escola de Esqueiros, em Vila Verde. Ela tem muitos sorrisos (lá dentro) que te podem ajudar.

Planeta - Adeus, adeus!..Vou a caminho de Esqueiros!!!

Daniel Costa e Diogo Coelho, 3º ano

 

publicado por esqueirinhos às 15:32
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Quinta-feira, 22 de Abril de 2010

Dia da Terra!

Hoje comemora-se o Dia da Terra... Preserva-a!

Neste Dia da Terra realizámos uma palestra de sensibilização. Quisemos sentir a TERRA em contacto com o nosso corpo. Ouvimos os passarinhos, o vento, sentimos os aromas do jardim da nossa escola… e ouvimos os APELOS da nossa amiga TERRA.

Porque o Planeta Terra é realmente misterioso e maravilhoso, mas muito frágil, temos mesmo que cuidar dele em cada dia. Cada um de nós tem que fazer a sua parte. Vamos todos contribuir para um Planeta melhor.

 

"Há crianças que nunca viram uma galinha de verdade, nunca sentiram o cheiro de um pinheiro, nunca ouviram o canto do pintassilgo e não têm prazer em brincar com a terra. Pensam que terra é sujeira. Não sabem que terra é vida” (ALVES, 1999).

Hoje, dia 22 de Abril comemoramos o dia internacional da Terra. 

Todo o planeta Terra dedica este dia, para as pessoas protegerem e preservarem o meio ambiente.

Os alunos da E.B. 1 de Esqueiros pretendem alterar os seus hábitos, para melhorar a vida na Terra.

 

publicado por esqueirinhos às 00:00
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Quinta-feira, 15 de Abril de 2010

História do projecto da escola!

"A criança que não queria crescer"

Introdução:

Valéria vivia numa terra de sonho, (em Esqueiros) num jardim encantado, onde as plantas, os pássaros, as águas e os meninos como ela eram felizes. Valéria era uma menina muito pequenina e cheia de vida. Falava com os peixes, dançava com as borboletas, corria com os pássaros… e cheirava tão bem; como os frutos maduros. Um dia, ela decidiu que não queria crescer mais, porque se apercebeu que o nosso Planeta está doente por causa dos erros que os adultos cometem. Ao fim de algumas aventuras, ela muda de opinião e decide crescer e agir para salvar o Planeta Azul. Uma corrente de solidariedade é iniciada por Valéria na escola de Esqueiros e levada aos meninos da cidade de Braga, de Portugal, da Europa, do Mundo inteiro (até aos EUA e à China). Quando os homens e mulheres de todo o mundo ouvirem a mensagem da Valéria… podem imaginar como ficarão?

                              

A mãe da Valéria muitas vezes punha-se a observá-la… e com muito orgulho pensava:
- A minha pequenina parece uma princesa!
Para ela, uma princesa era uma menina vestida de azul, que fazia o que queria num jardim onde as flores são sempre belas e os frutos sempre maduros. E Valéria era uma menina feliz: o sol do amor da mãe fazia-a viver num jardim sempre cheio de flores e de frutos.
                       
Valéria tinha uma boneca muito pequenina, mas muito bonita, que fechava e abria os olhos. Também tinha um cão a quem por vezes batia, mas ele nem sequer se zangava.
Pela manhã, acordava sempre bem-disposta, tomava o pequeno-almoço e já com o corpo cheio de vitaminas ia para a escola. À tardinha, Valéria fazia os deveres na cozinha bem aconchegante. O cão dormia a seus pés, resmungando de vez em quando e agitando as patas, como se estivesse a correr em sonhos. À noite, tinha um segredo para a sua boa disposição, lavava os dentes, e sempre à mesma hora ia para a caminha ler um livro antes de adormecer.

Um dia, levaram a Valéria ao cinema ver um filme a cores. Talvez fosse A Gata Borralheira ou A Bela Adormecida. Não me recordo. Só sei que antes do filme mais longo, passaram um outro, mais curto. Era estranho e horrível, e chamava-se ACTUALIDADES.

Valéria no ecrã viu os perigos que o Planeta Terra atravessa… a poluição, os incêndios, a falta de água… homens a tentarem sobreviver a cheias, viu casas a desmoronarem-se em chamas, uma menina a chorar no meio dos destroços… viu animais a morrer cruelmente…

Valéria foi levada para casa e como não quis jantar deitaram-na na cama com a sua bela boneca. Mas nada nem ninguém podia desfazer aquelas imagens da memória e ela chorou toda a noite…

A partir daquele dia, Valéria não foi mais a mesma. A mãe via-a a emagrecer e a enfraquecer e todo o seu amor era impotente perante a tristeza da menina. Valéria não esquecia as faces tristes das crianças do ecrã. Às escondidas, lia os jornais que contam as histórias tristes do nosso Planeta Azul. Da biblioteca trazia dezenas de livros sobre as problemáticas do ambiente. Procurou informar-se sobre alguns temas: a destruição da camada de ozono, o aquecimento global, as alterações climáticas, falta de água, o desaparecimento de florestas e de algumas espécies de animais…

                                  

Valéria percebeu que esta é uma realidade preocupante e ficou muito triste… percebeu também que é o “homem” o grande causador destes problemas e se todos continuarem a agir de igual modo… não haverá mais jardins encantados (igual ao dela) onde as crianças brincam como princesas.
Durante semanas a fio, Valéria deixou a boneca no berço com os olhos fechados. O cão queria brincar com ela, mas a menina acariciava-o com um ar distraído. Quando o animal via os seus olhos tristes (os cães sabem ler os olhos), ia deitar-se, escondido, num canto.
Chamaram o médico, que examinou longamente Valéria e declarou que a menina não estava doente. Precisava apenas de se distrair. Mas é bem difícil distrair uma menina que não se interessa por nada. Sempre que lhe faziam uma pergunta, Valéria respondia:
— Não quero crescer, não quero crescer! Não quero ser adulta!
Ninguém compreendia. Em geral, todas as meninas querem crescer. Ninguém percebia do que Valéria tinha medo… O que Valéria queria, era refugiar-se no jardim da sua infância.  
O Verão passou, e as aulas iam começar. A mãe de Valéria esperava que a escola devolvesse de novo a sua filha, mais feliz e alegre como sempre foi. Começou a preparar as roupas de Inverno, mas deu-se conta de que não seriam precisos arranjos ou roupas novas. Valéria DEIXARA DE CRESCER.
A mãe, aflita, media a filha todos os meses. Mas a menina nunca ultrapassava a marca da Primavera anterior, a marca que tinha sido feita no dia do seu aniversário. Todos estavam aterrados. Apenas Valéria se sentia encantada. Queria tanto deixar de crescer! Tinha-o pedido aos pássaros, às nuvens, às borboletas.
    
E o seu desejo tinha sido satisfeito: não mais deixaria o seu jardim encantado. Tinha pena de não estrear vestidos novos, mas o que era isso comparado com ficar pequenina para sempre, bem junto da mãe, do cão e da boneca?
Os meses passaram e as pessoas habituaram-se a ver a Valéria sempre pequenina (as pessoas habituam-se depressa com o que acontece aos outros).
                      
Durante um ano, dois anos, três anos, nada mudou. Valéria lia, lia muito. O cão tornou-se mais sossegado, um pouco menos brincalhão (três anos na vida de um cão notam-se bem), e a boneca, à força de ser tantas vezes vestida e despida, ficou com os braços um pouco descolados. A acácia do pátio tinha crescido tanto que a Valéria via os seus ramos da janela do quarto. A mãe tinha-se resignado a ter uma filha que já não cresceria. Mas o sonho de todas as mães não é ter filhos que cresçam?
Um dia, no recreio da escola, Valéria quis juntar-se a um divertido grupo de colegas que brincavam. Mas uma menina já bastante crescida, disse-lhe:
— Tu não podes brincar connosco; és muito pequena!
                                   
Valéria sentiu-se aterrada, envergonhada e voltou para a sala sozinha e interrogou-se como poderiam elas ser tão cruéis.
Determinada, Valéria voltou ao recreio (a professora segui-a, as professoras percebem logo quando as coisas não estão bem) e pediu que a ouvissem:
- Minhas amigas quero que me ouçam, a vossa atitude não foi correcta, trataram-me com desprezo e excluíram-me das vossas brincadeiras só porque sou pequenina. Pois vim aqui dizer-vos algo muito importante, é convosco que eu quero brincar porque sois vós as minhas melhores amigas.
(De cabeças baixas ouviram-na em silêncio… a professora ouviu também.)
- "O que estão a ver é só o exterior... o mais importante é invisível" já dizia Antoine de Saint-Exupéry. O que realmente importa é o nosso interior, o tipo de meninos e meninas que somos. Se somos bons uns com os outros. Se temos a capacidade de respeitar as diferenças. Interessa é a nossa capacidade de dar aos outros, quer seja um sorriso, ou uma palavra bonita. O que importa é a nossa capacidade de dar a mão!
(Valéria voltou para a sala, o recreio tinha terminado…)
As colegas entraram na sala, abraçaram-na e pediram-lhe muitas desculpas. Foi um gesto muito simples mas muito bonito que encheu Valéria de felicidade.
Talvez tenha sido nessa mesma tarde que se deu conta de que o cão se tornara demasiado sereno e a boneca demasiado velha. Correu para casa com o seu coração cheio de confiança.
Em casa continuou a ler tudo o que encontrava: jornais, revistas, e muitos livros sobre ecologia. A mãe tinha mesmo de se impor para que ela apagasse a luz à noite. Nos livros, a Valéria descobria um mundo cheio de pesadelos, como os das Actualidades, mas nesse dia descobriu um mundo cheio de sonhos e de esperança.

                              
“Salve o Planeta Terra!
Ecologia é o estudo das relações dos seres vivos (plantas, animais, seres humanos) entre si e com o meio ambiente. É através da Ecologia que aprendemos a lidar com o meio ambiente, preservar o nosso planeta, cuidar dos animais, economizar agua, etc. Muitos adultos não se preocupam com o meio ambiente, e as crianças podem dar bons exemplos, aprendendo desde pequeninos a preservar o planeta que é delas; com isso elas estarão a cuidar do próprio futuro. O planeta tem enfrentado muitos problemas de aquecimento, destruição florestal, instabilidades climáticas, tudo por irresponsabilidade do ‘Homem’, e se não cuidarmos dele, num futuro próximo ele poderá não mais existir. Por isso é importante a consciencialização das crianças para um mundo melhor e mais puro!!”


Valéria sentiu-se tão confiante… que na manhã seguinte acordou a cantar. Ainda em camisa de dormir e descalça, foi até à janela, (aberta para o Sol) e gritou:
— Quero crescer, ouviste SOL, QUERO CRESCER!!

                    

Eufórica e ainda descalça correu pelo jardim… atrás das borboletas e dos pássaros… rebolou na relva, subiu às árvores, chamou a chuva, o vento, de novo o Sol, ela corria sem parar… e exclamava:
                
— Quero crescer, quero crescer!! Quero crescer saudável!!!
As aulas estavam prestes a começar, Valéria voltou para casa mas, quando quis vestir-se, deu conta que os sapatos já não lhe serviam. Enfiou-se a custo no vestido, que rebentou pelas costuras, que lhe ficava ridiculamente curto. VALÉRIA TINHA CRESCIDO!
A mãe, espantada, ao vê-la desatou a gritar e caiu em cima do cão. E todos reagiram como quando a Valéria deixara de crescer, porque ambas as situações eram igualmente inexplicáveis.
Valéria tentou compensar o tempo perdido, tornando-se uma bela menina, mais feliz e determinada. Como havia reencontrado o seu caminho, agora via tudo com mais clareza.
De regresso à escola, (e com a autorização da professora) propôs uma aula de ecologia aos seus amigos:
- E nós podemos e devemos agir! Querem começar já hoje a salvar o nosso Planeta Azul?
Ela tinha um Segredo na Palma da Mão, há muito tempo guardado no seu coração...
(Ela iria aparecer no grande ecrã, como o das Actualidades)
Valéria agitará uma varinha mágica sobre todo o mundo!!!

Paul Éluard
L’enfant qui ne voulait pas grandir
Paris, Pocket Jeunesse, 1999
(tradução e adaptação)
Adaptado pelos esqueirinhos, 2009
EB1 de Esqueiros, Vila Verde

 

publicado por esqueirinhos às 18:41
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Sexta-feira, 18 de Dezembro de 2009

História do projecto da escola!

"A criança que não queria crescer"

Introdução:

         Valéria vivia numa terra de sonho, (em Esqueiros) num jardim encantado, onde as plantas, os pássaros, as águas e os meninos como ela eram felizes. Valéria era uma menina muito pequenina e cheia de vida. Falava com os peixes, dançava com as borboletas, corria com os pássaros… e cheirava tão bem; como os frutos maduros. Um dia, ela decidiu que não queria crescer mais, porque se apercebeu que o nosso Planeta está doente por causa dos erros que os adultos cometem. Ao fim de algumas aventuras, ela muda de opinião e decide crescer e agir para salvar o Planeta Azul. Uma corrente de solidariedade é iniciada por Valéria na escola de Esqueiros e levada aos meninos da cidade de Braga, de Portugal, da Europa, do Mundo inteiro (até aos EUA e à China). Quando os homens e mulheres de todo o mundo ouvirem a mensagem da Valéria… podem imaginar como ficarão?

 

                                                         

A mãe da Valéria muitas vezes punha-se a observá-la… e com muito orgulho pensava:
- A minha pequenina parece uma princesa!
Para ela, uma princesa era uma menina vestida de azul, que fazia o que queria num jardim onde as flores são sempre belas e os frutos sempre maduros. E Valéria era uma menina feliz: o sol do amor da mãe fazia-a viver num jardim sempre cheio de flores e de frutos.
                               
Valéria tinha uma boneca muito pequenina, mas muito bonita, que fechava e abria os olhos. Também tinha um cão a quem por vezes batia, mas ele nem sequer se zangava.
Pela manhã, acordava sempre bem-disposta, tomava o pequeno-almoço e já com o corpo cheio de vitaminas ia para a escola. À tardinha, Valéria fazia os deveres na cozinha bem aconchegante. O cão dormia a seus pés, resmungando de vez em quando e agitando as patas, como se estivesse a correr em sonhos. À noite, tinha um segredo para a sua boa disposição, lavava os dentes, e sempre à mesma hora ia para a caminha ler um livro antes de adormecer.

         Um dia, levaram a Valéria ao cinema ver um filme a cores. Talvez fosse A Gata Borralheira ou A Bela Adormecida. Não me recordo. Só sei que antes do filme mais longo, passaram um outro, mais curto. Era estranho e horrível, e chamava-se ACTUALIDADES.

         Valéria no ecrã viu os perigos que o Planeta Terra atravessa… a poluição, os incêndios, a falta de água… homens a tentarem sobreviver a cheias, viu casas a desmoronarem-se em chamas, uma menina a chorar no meio dos destroços… viu animais a morrer cruelmente…

         Valéria foi levada para casa e como não quis jantar deitaram-na na cama com a sua bela boneca. Mas nada nem ninguém podia desfazer aquelas imagens da memória e ela chorou toda a noite…

         A partir daquele dia, Valéria não foi mais a mesma. A mãe via-a a emagrecer e a enfraquecer e todo o seu amor era impotente perante a tristeza da menina. Valéria não esquecia as faces tristes das crianças do ecrã. Às escondidas, lia os jornais que contam as histórias tristes do nosso Planeta Azul. Da biblioteca trazia dezenas de livros sobre as problemáticas do ambiente. Procurou informar-se sobre alguns temas: a destruição da camada de ozono, o aquecimento global, as alterações climáticas, falta de água, o desaparecimento de florestas e de algumas espécies de animais…

                                               

Valéria percebeu que esta é uma realidade preocupante e ficou muito triste… percebeu também que é o “homem” o grande causador destes problemas e se todos continuarem a agir de igual modo… não haverá mais jardins encantados (igual ao dela) onde as crianças brincam como princesas.
Durante semanas a fio, Valéria deixou a boneca no berço com os olhos fechados. O cão queria brincar com ela, mas a menina acariciava-o com um ar distraído. Quando o animal via os seus olhos tristes (os cães sabem ler os olhos), ia deitar-se, escondido, num canto.                                                       
Chamaram o médico, que examinou longamente Valéria e declarou que a menina não estava doente. Precisava apenas de se distrair. Mas é bem difícil distrair uma menina que não se interessa por nada. Sempre que lhe faziam uma pergunta, Valéria respondia:  
— Não quero crescer, não quero crescer! Não quero ser adulta!
Ninguém compreendia. Em geral, todas as meninas querem crescer. Ninguém percebia do que Valéria tinha medo… O que Valéria queria, era refugiar-se no jardim da sua infância.   
O Verão passou, e as aulas iam começar. A mãe de Valéria esperava que a escola devolvesse de novo a sua filha, mais feliz e alegre como sempre foi. Começou a preparar as roupas de Inverno, mas deu-se conta de que não seriam precisos arranjos ou roupas novas. Valéria DEIXARA DE CRESCER.
A mãe, aflita, media a filha todos os meses. Mas a menina nunca ultrapassava a marca da Primavera anterior, a marca que tinha sido feita no dia do seu aniversário. Todos estavam aterrados. Apenas Valéria se sentia encantada. Queria tanto deixar de crescer! Tinha-o pedido aos pássaros, às nuvens, às borboletas.
       
E o seu desejo tinha sido satisfeito: não mais deixaria o seu jardim encantado. Tinha pena de não estrear vestidos novos, mas o que era isso comparado com ficar pequenina para sempre, bem junto da mãe, do cão e da boneca?
Os meses passaram e as pessoas habituaram-se a ver a Valéria sempre pequenina (as pessoas habituam-se depressa com o que acontece aos outros).
                                 
Durante um ano, dois anos, três anos, nada mudou. Valéria lia, lia muito. O cão tornou-se mais sossegado, um pouco menos brincalhão (três anos na vida de um cão notam-se bem), e a boneca, à força de ser tantas vezes vestida e despida, ficou com os braços um pouco descolados. A acácia do pátio tinha crescido tanto que a Valéria via os seus ramos da janela do quarto. A mãe tinha-se resignado a ter uma filha que já não cresceria. Mas o sonho de todas as mães não é ter filhos que cresçam?
Um dia, no recreio da escola, Valéria quis juntar-se a um divertido grupo de colegas que brincavam. Mas uma menina já bastante crescida, disse-lhe:
— Tu não podes brincar connosco; és muito pequena!
                             
Valéria sentiu-se aterrada, envergonhada e voltou para a sala sozinha e interrogou-se como poderiam elas ser tão cruéis.
Determinada, Valéria voltou ao recreio (a professora segui-a, as professoras percebem logo quando as coisas não estão bem) e pediu que a ouvissem:
- Minhas amigas quero que me ouçam, a vossa atitude não foi correcta, trataram-me com desprezo e excluíram-me das vossas brincadeiras só porque sou pequenina. Pois vim aqui dizer-vos algo muito importante, é convosco que eu quero brincar porque sois vós as minhas melhores amigas.
(De cabeças baixas ouviram-na em silêncio… a professora ouviu também.)
- "O que estão a ver é só o exterior... o mais importante é invisível" já dizia Antoine de Saint-Exupéry. O que realmente importa é o nosso interior, o tipo de meninos e meninas que somos. Se somos bons uns com os outros. Se temos a capacidade de respeitar as diferenças. Interessa é a nossa capacidade de dar aos outros, quer seja um sorriso, ou uma palavra bonita. O que importa é a nossa capacidade de dar a mão!
(Valéria voltou para a sala, o recreio tinha terminado…)
As colegas entraram na sala, abraçaram-na e pediram-lhe muitas desculpas. Foi um gesto muito simples mas muito bonito que encheu Valéria de felicidade.
Talvez tenha sido nessa mesma tarde que se deu conta de que o cão se tornara demasiado sereno e a boneca demasiado velha. Correu para casa com o seu coração cheio de confiança.
Em casa continuou a ler tudo o que encontrava: jornais, revistas, e muitos livros sobre ecologia. A mãe tinha mesmo de se impor para que ela apagasse a luz à noite. Nos livros, a Valéria descobria um mundo cheio de pesadelos, como os das Actualidades, mas nesse dia descobriu um mundo cheio de sonhos e de esperança.

                                        
          “Salve o Planeta Terra!
         Ecologia é o estudo das relações dos seres vivos (plantas, animais, seres humanos) entre si e com o meio ambiente. É através da Ecologia que aprendemos a lidar com o meio ambiente, preservar o nosso planeta, cuidar dos animais, economizar agua, etc. Muitos adultos não se preocupam com o meio ambiente, e as crianças podem dar bons exemplos, aprendendo desde pequeninos a preservar o planeta que é delas; com isso elas estarão a cuidar do próprio futuro. O planeta tem enfrentado muitos problemas de aquecimento, destruição florestal, instabilidades climáticas, tudo por irresponsabilidade do ‘Homem’, e se não cuidarmos dele, num futuro próximo ele poderá não mais existir. Por isso é importante a consciencialização das crianças para um mundo melhor e mais puro!!”


Valéria sentiu-se tão confiante… que na manhã seguinte acordou a cantar. Ainda em camisa de dormir e descalça, foi até à janela, (aberta para o Sol) e gritou:
— Quero crescer, ouviste SOL, QUERO CRESCER!!

                              

Eufórica e ainda descalça correu pelo jardim… atrás das borboletas e dos pássaros… rebolou na relva, subiu às árvores, chamou a chuva, o vento, de novo o Sol, ela corria sem parar… e exclamava:
                          
 — Quero crescer, quero crescer!! Quero crescer saudável!!!
As aulas estavam prestes a começar, Valéria voltou para casa mas, quando quis vestir-se, deu conta que os sapatos já não lhe serviam. Enfiou-se a custo no vestido, que rebentou pelas costuras, que lhe ficava ridiculamente curto. VALÉRIA TINHA CRESCIDO!
A mãe, espantada, ao vê-la desatou a gritar e caiu em cima do cão. E todos reagiram como quando a Valéria deixara de crescer, porque ambas as situações eram igualmente inexplicáveis.
Valéria tentou compensar o tempo perdido, tornando-se uma bela menina, mais feliz e determinada. Como havia reencontrado o seu caminho, agora via tudo com mais clareza. 
De regresso à escola, (e com a autorização da professora) propôs uma aula de ecologia aos seus amigos:
- E nós podemos e devemos agir! Querem começar já hoje a salvar o nosso Planeta Azul?
 Ela tinha um Segredo na Palma da Mão, há muito tempo guardado no seu coração...
(Ela iria aparecer no grande ecrã, como o das Actualidades)
Valéria agitará uma varinha mágica sobre todo o mundo!!!

Paul Éluard
L’enfant qui ne voulait pas grandir
Paris, Pocket Jeunesse, 1999
(tradução e adaptação)
Adaptado pelos esqueirinhos, 2009
EB1 de Esqueiros, Vila Verde

 

publicado por esqueirinhos às 21:49
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Sexta-feira, 5 de Junho de 2009

Acção de educação ambiental no Dia do Ambiente

Os alunos do Jardim-de-Infância e EB1 de Esqueiros de Vila Verde no passado dia 5 de Junho, no Dia do Ambiente, desenvolveram uma acção de educação ambiental.

Amiguinhos como são do ambiente, devolveram as tampinhas recolhidas ao longo do ano, à Braval, uma empresa que procede à valorização e tratamento dos resíduos sólidos.

Esta iniciativa enquadrada no projecto da escola, teve como objectivo sensibilizar a pequenada e comunidade local, para a importância da conservação e preservação da Natureza. TODOS COLABORARAM!! CRIANÇAS E COMUNIDADE LOCAL ESTÃO DE PARABÉNS!!

Cada vez mais os resíduos são e deverão ser vistos não como lixo, mas como recurso. Assim, a recuperação e reciclagem dos materiais é fundamental para salvarmos a Natureza.

Preserva a Natureza. Colabora!!

Cria novos hábitos. Tu és capaz!!

Evita a poluição. Pensa nisso!!

Luta contra a poluição se queres um futuro melhor para todos.

Faz a separação de lixos. Convence também os papás!!

Vamos todos seguir a Valéria!

Não custa mesmo nada, ajudar o ambiente! Upa.. Upa...

Ajudar a Natureza... é fantástico!

A Valéria está a olhar para nós, ela está muito contente!!

Está nas nossas mãos a mudança!

Nós fizemos a nossa parte... agora é a sua vez senhor visitante.

Torne-se mensageiro da conservação e preservação da Natureza!

«Reduzir, Reciclar, Reutilizar»  têm um papel fundamental na preservação do ambiente.

Reduzir a poluição, reciclar o lixo e reutilizar o maior número possível de objectos deve ser o lema de todos. 

 

publicado por esqueirinhos às 22:53
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Sexta-feira, 29 de Maio de 2009

Dizemos "Não" à Poluição da Água!

A água pode ser contaminada de muitas maneiras:
- pela acumulação de lixos e detritos junto de fontes, poços e cursos de água;

- pelos esgotos domésticos que aldeias, vilas e cidades lançam nos rios ou nos mares;
- pelos resíduos tóxicos que algumas fábricas lançam nos rios;

 - pelos produtos químicos que os agricultores utilizam para combater as doenças das suas plantas,
- pela lavagem clandestina, de barcos no alto mar, que largam combustível;

- pelos resíduos nucleares radioactivos, depositados no fundo do mar;

- pelos naufrágios dos petroleiros, ou seja, acidentes que causam o derrame de milhares de toneladas de petróleo, sujando as águas e a costa e matam toda a vida marinha – as chamadas marés negras

A água limpa e fresca é essencial para todas as formas de vida.

 

publicado por esqueirinhos às 20:24
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Sexta-feira, 15 de Maio de 2009

Gotinhas amigas, contra a Poluição!!

Actividades de Expressão Plástica estimulam a criatividade e a imaginação das crianças…

 

 

publicado por esqueirinhos às 23:17
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Sábado, 2 de Maio de 2009

Valéria e a Vida: a história do nosso projecto!!

Vamos contar uma história passada num vale verde chamado Rabanetelândia, um local triste atravessado por um riacho, tendo como habitantes muitos rabanetes, frutos, hortaliças, peixes… uma terra cheia de gotinhas e alimentos tristes, que, de futuro, irão ganhar vida graças à atitude de uma menina chamada Valéria...
 
Valéria passeia no vale verde e, dialogando com o riacho, com os peixes, com os frutos e com as árvores, apercebe-se de que eles estão doentes por causa dos erros que os homens cometem. As gotinhas de água, o ar e o mar contam-lhe que também eles estão poluídos e mostram-lhe que é necessário salvar a Natureza. Uma corrente de solidariedade é iniciada por Valéria, através de cartas enviadas para todo o mundo que foram levadas pelo vento, pelos pássaros, pelas gotinhas de água, pelos peixes ou passadas de mão em mão. A mensagem chegou ao coração de todos os meninos que serão os homens e mulheres de amanhã; a sua palavra será cumprida e o mundo será salvo.
 
Cabelo ao vento,
Valéria avançava no vale,
no verde vale,
Valéria.
 
 
O riacho passou perto dela, correndo de pedra em pedra, e disse bom dia. Era um riacho muito bem-educado.
          
E Valéria respondeu: — Bom dia, amigo Riacho! — e perguntou:
— Quem sujou as tuas águas que eram tão claras quando eu tinha cinco anos e ia à escola pela primeira vez? Quem foi?
E o riacho, de pedra em pedra correndo, contou que todas as fábricas da região ali deitavam mercúrio, cobre, zinco, chumbo, todas as coisas ruins que estragavam as suas águas.
— Eu sei! — disse Valéria. — Tu estás poluído, amigo Riacho; os homens que fizeram isso são ignorantes, a tua água já não vai servir para beber, os teus peixes vão ficar doentes, as plantas e os frutos que tu regas não podem ser felizes.
         
                                                                       
— Pois é Valéria, os humanos não se importam comigo… — disse o riacho muito triste. — O homem vai modificando os ambientes naturais e transforma os rios, lagos, e mares em autênticas lixeiras. Lançam-me para aqui os lixos domésticos (detergentes, alimentos, garrafas…), as fábricas abrem os seus esgotos directamente para mim, usam-se pesticidas que se dissolvem aqui nas minhas águas… e acabo por ficar assim, muito doente.
— Tens toda a razão Riacho, todos nós contribuímos para a poluição da água, alterando a sua composição natural. — disse a Valéria
Valéria aproximou-se mais um pouco da margem do riacho e explicou:
— Todos os seres vivos necessitam da tua água, por isso é muito importante preservá-la. O homem dificilmente sobreviveria uma semana sem beber água…
— Como sabes tu tantas coisas, Valéria?
— Sabes, ando na EB1 de Esqueiros e lá aprendi estas coisas, a cuidar do ambiente, a preservar a água e a Natureza. Aprendi que a água é um bem precioso, um elemento indispensável à saúde e à vida! Ela, até é fonte de energia!!!
                             
E os peixes subiram à tona do riacho e disseram a Valéria:
— Sim, nós também estamos doentes.
E as plantas curvaram as suas cabecinhas floridas e disseram a Valéria:
— Sim, nós estamos infelizes. Nós precisamos de água saudável para germinar, crescer, florir e dar frutos.
Foi então a vez de as árvores agitarem os ramos e os frutos e dizerem a Valéria:
— Nós também não somos felizes.   
                                                  
Aproximaram-se três rabanetes de poupa pouco verde e faces amareladas.
— Nós estamos tão doentes, precisamos tanto de uma chuvinha fresca, mas ela também anda doente, como o nosso amigo Riacho... — lamentaram-se os rabanetes.
De bengala na mão apareceu o velho Super Rabanete, o chefe da família dos rabanetes, com uma voz muito cansada e triste:
                                  
— Ah, se apanhasse um chuvisco de umas boas gotinhas de água, voltaria a ser forte e saudável. Um verdadeiro herói como nos velhos tempos! A água é um bem indispensável para a agricultura, para a produção de alimentos, ela tem influência decisiva na qualidade de vida das populações e dos ecossistemas.
— Tens toda a razão amigo… —  disse a Valéria.
De repente apareceu um menino, amigo da Valéria, o César; e ouvindo a conversa interferiu:
                                                   
— Os homens andam cegos e tolinhos da cabeça… As frutas já não têm vitaminas, sais minerais, como antes. A água doce é um recurso precioso e essencial à vida… e cada dia é mais escasso. Temos que fazer alguma coisa, não acham?
E Valéria contou pelos dedos das mãos: por causa do chumbo, do chumbo e do mercúrio, do mercúrio e do zinco, do zinco e do cobre, dos produtos químicos, e dos homens que não sabem o mal que estão a fazer.
Depois do riacho, dos peixes, das plantas e das árvores, foram as gotinhas de água que disseram a Valéria:
                                                                   
— Nós também estamos poluídas; viemos do mar, do grande mar, que está poluído pelo homem. Mil espécies de peixes já desapareceram e quase 20000 correm o perigo de desaparecerem. E agora até existe outra poluição porque os navios encheram os oceanos de garrafas de plástico.
— De garrafas de plástico?
Sim. O Oceano Pacífico está cheio de garrafas de plástico que serviram para refrigerantes e que são lançadas ao mar. São milhares de garrafas que ficam a boiar. E lá no fundo, onde antigamente havia lindos recifes de corais, encontra-se chumbo, mercúrio; os peixes não resistem, Valéria; se os homens não tiverem juízo, o mar pode morrer e os homens não podem viver sem o mar...
— Os homens não podem viver sem o mar — repetiu Valéria — e também não podem viver sem o ar que devia ser transparente mas também está poluído.
                                                      
— Claro que estou poluído — confirmou o ar. — As chaminés das fábricas, os automóveis, os aviões têm-me poluído de tal maneira que qualquer dia não tenho oxigénio suficiente para a respiração das plantas, dos animais e do próprio homem.
Depois do riacho, dos peixes, das plantas, das árvores e das gotinhas de água que falaram do mar, e do ar que soprou as suas verdades, foi um pato que tinha vindo da Dinamarca que contou a Valéria que na sua terra havia cento e cinquenta mil caçadores que tinham cento e cinquenta mil espingardas e enchiam a Natureza de chumbinhos...
O pato explicou:
                                                                     
— Os meus amigos gansos, os meus camaradas marrecos e os meus irmãos patos engolem os chumbinhos que encontram na terra, misturados com pedras pequenas, e os chumbinhos, aos poucos, envenenam as aves; e se um dia os caçadores caçarem as aves, também podem ser envenenados ao saborearem o jantar...
— Os homens não sabem o que fazem — disse mais uma vez Valéria. — É preciso que todas as crianças do mundo, que serão os homens do futuro, salvem a Natureza. Salvem os rios, os riachos, os lagos e as lagoas, os peixes e peixinhos, os corais, os mariscos, todas aquelas coisas vivas e lindas com conchas e conchinhas, o mar, o grande mar, que leva os barcos e beija a praia, o ar, o oxigénio, o vento as nuvens, as gotinhas de água, os marrecos, os patos e os gansos, e todos os pássaros e todos os homens, e Valéria e todas as Valérias do mundo.
                                                                                                                                                                    
Foi então que o solo contou os seus problemas:
— Derrubaram as minhas florestas, queimaram a vegetação, colocaram herbicidas nas minhas folhas (sou ainda verde, mas por quanto tempo?), mataram os insectos; as vacas comeram a erva, e o leite ficou envenenado; as crianças que beberam o leite estão doentes. Assim não podemos continuar, pois não, Senhora Galinha?
                
E a galinha que estava a debicar as folhas e folhinhas nas pedras e nas pedrinhas disse logo que não; os seus ovos já não eram tão bons e os cereais também não e as verduras também não.
Valéria sabia que nenhum deles mentia porque a Natureza nunca mente e que era preciso escrever para as crianças do Brasil – que escreveriam para as de Portugal para que escrevessem para as da França – que escreveriam para as da Rússia para que escrevessem para as da Índia – que escreveriam para as do Japão para que escrevessem para as da China – que escreveriam para as da Inglaterra, da Itália, da América, de todos os cantos e recantos do mundo, porque era preciso que todos os meninos – meninos brancos, meninos pretos, meninos amarelos, (e as meninas também, é claro) – soubessem que a vida estava em perigo e era preciso salvar a vida.
 
Cabelo ao vento, Valéria avançava no vale, no verde vale, Valéria.
                                                     
E escreveu cartas e mais cartas enviadas pelo correio, levadas pelos pássaros que emigravam, pelos peixes que partiam para outros rios e para outros mares sopradas pelo vento, seguindo na boca dos bichos, passadas de mão em mão pelas crianças de todas as raças.
                               
E as crianças de todas as raças chamaram os pássaros que tinham – os peixes – e o vento – e as gotinhas de água - e os bichos – e as mãos, e levaram a mensagem de Valéria para que todos soubessem, em todas as partes do mundo, que a vida estava em perigo.
                                                                      
E quando todas as crianças souberam, todas se recusaram a continuar os erros dos homens – poluindo os rios, a chuva, os mares, o ar, o solo, tudo, tudo, tudo.
A mensagem de Valéria chegou ao coração de todos os meninos e meninas, que serão os homens e as mulheres de amanhã. Que serão os pais e as mães de novos meninos e de novas meninas.
        Todos decidiram salvar a Natureza e todos os bichos e todos os seres humanos que fazem parte da Natureza. Até a Carlota Joaquina,  a rainha da poluição, deu a sua contribuição, deixou de fazer chichi no riacho e agora entrega cartas com despacho!!!!
                                                         
      Ainda temos de esperar para que as crianças sejam adultas e cumpram a palavra que deram. Mas podemos confiar na palavra dada, porque a palavra da criança não está poluída.
Os pássaros que levaram a mensagem contaram a outros pássaros – os peixes a outros peixes – as ondas a outras ondas e o vento soprou a mensagem que correu nas patas dos bichos.
Agora todos sabem o que se passou, e o riacho salta e saltita e diz:
— Obrigado, Valéria!
Exactamente como os peixes, as plantas e as árvores, que dizem:
— Obrigada, Valéria!
Tal e qual as gotinhas de água, que descem do alto muito fininhas, para dizerem:
— Obrigado, Valéria!
                        
E o ar que voltará a ser transparente e agradece, agradece, enquanto o pato que veio da Dinamarca, em nome de todas as aves e pássaros e de todos os bichos, diz quá-quá, que é “obrigado” em língua de pato.
E a vida, que é tudo, tudo o que está poluído e maltratado pelos homens, olha a menina que enviou a mensagem e tem confiança na promessa das crianças de salvarem a Natureza.
Valéria sorri
e avança no vale,
no verde vale,
Valéria.
                                                       
                   
Sidónio Muralha
Valéria e a Vida
V. N. Gaia, Edições Gailivro, 2004
Adaptado pelos esqueirinhos, 2008
EB1 de Esqueiros, Vila Verde
 
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Terça-feira, 21 de Abril de 2009

Projecto da escola

O tema do nosso projecto da escola é a água.

Através da história "Valéria e a Vida" iremos trabalhar:

 

  3º Período - Água, preservação da fonte
      (poluição da água, hábitos/mentalidades)
 

            Contamos com a participação de todos!

 

publicado por esqueirinhos às 00:16
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Quinta-feira, 5 de Março de 2009

Uma Verdade Mais Que Inconveniente!!!

Meat The Truth - Um documentário feito pelo "Partido dos Animais" da Holanda. É a resposta

ao "An Inconvenient Truth" do Al Gore, que trata de algumas das causas do aquecimento global,

poluição e males afins, mas deixa a questão da pecuária de lado (por motivos políticos).
A pecuária é a maior responsável por essa devastação. Acreditas nisto??

 

publicado por esqueirinhos às 00:31
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Segunda-feira, 8 de Dezembro de 2008

Valéria e a Vida: a história do nosso projecto!!

Vamos contar uma história passada num vale verde chamado Rabanetelândia, um local triste atravessado por um riacho, tendo como habitantes muitos rabanetes, frutos, hortaliças, peixes… uma terra cheia de gotinhas e alimentos tristes, que, de futuro, irão ganhar vida graças à atitude de uma menina chamada Valéria...

Introdução: 
Valéria passeia no vale verde e, dialogando com o riacho, com os peixes, com os frutos e com as árvores, apercebe-se de que eles estão doentes por causa dos erros que os homens cometem. As gotinhas de água, o ar e o mar contam-lhe que também eles estão poluídos e mostram-lhe que é necessário salvar a Natureza. Uma corrente de solidariedade é iniciada por Valéria, através de cartas enviadas para todo o mundo que foram levadas pelo vento, pelos pássaros, pelas gotinhas de água, pelos peixes ou passadas de mão em mão. A mensagem chegou ao coração de todos os meninos que serão os homens e mulheres de amanhã; a sua palavra será cumprida e o mundo será salvo.
                                         
Cabelo ao vento,
Valéria avançava no vale,
no verde vale,
Valéria.
 
 
O riacho passou perto dela, correndo de pedra em pedra, e disse bom dia. Era um riacho muito bem-educado.
                            
E Valéria respondeu: — Bom dia, amigo Riacho! — e perguntou:
— Quem sujou as tuas águas que eram tão claras quando eu tinha cinco anos e ia à escola pela primeira vez? Quem foi?
E o riacho, de pedra em pedra correndo, contou que todas as fábricas da região ali deitavam mercúrio, cobre, zinco, chumbo, todas as coisas ruins que estragavam as suas águas.
— Eu sei! — disse Valéria. — Tu estás poluído, amigo Riacho; os homens que fizeram isso são ignorantes, a tua água já não vai servir para beber, os teus peixes vão ficar doentes, as plantas e os frutos que tu regas não podem ser felizes.
                                                                                
— Pois é Valéria, os humanos não se importam comigo… — disse o riacho muito triste. — O homem vai modificando os ambientes naturais e transforma os rios, lagos, e mares em autênticas lixeiras. Lançam-me para aqui os lixos domésticos (detergentes, alimentos, garrafas…), as fábricas abrem os seus esgotos directamente para mim, usam-se pesticidas que se dissolvem aqui nas minhas águas… e acabo por ficar assim, muito doente.                                                                                        
— Tens toda a razão Riacho, todos nós contribuímos para a poluição da água, alterando a sua composição natural. — disse a Valéria.
Valéria aproximou-se mais um pouco da margem do riacho e explicou:
— Todos os seres vivos necessitam da tua água, por isso é muito importante preservá-la. O homem dificilmente sobreviveria uma semana sem beber água…
— Como sabes tu tantas coisas, Valéria?
— Sabes, ando na EB1 de Esqueiros e lá aprendi estas coisas, a cuidar do ambiente, a preservar a água e a Natureza. Aprendi que a água é um bem precioso, um elemento indispensável à saúde e à vida! Ela, até é fonte de energia!!!
                                                   
E os peixes subiram à tona do riacho e disseram a Valéria:
— Sim, nós também estamos doentes.
E as plantas curvaram as suas cabecinhas floridas e disseram a Valéria:
— Sim, nós estamos infelizes. Nós precisamos de água saudável para germinar, crescer, florir e dar frutos.
Foi então a vez de as árvores agitarem os ramos e os frutos e dizerem a Valéria:
— Nós também não somos felizes.
                                                                        
Aproximaram-se três rabanetes de poupa pouco verde e faces amareladas.
Nós estamos tão doentes, precisamos tanto de uma chuvinha fresca, mas ela também anda doente, como o nosso amigo Riacho... lamentaram-se os rabanetes.          
De bengala na mão apareceu o velho Super Rabanete, o chefe da família dos rabanetes, com uma voz muito cansada e triste:
                                                
— Ah, se apanhasse um chuvisco de umas boas gotinhas de água, voltaria a ser forte e saudável. Um verdadeiro herói como nos velhos tempos! A água é um bem indispensável para a agricultura, para a produção de alimentos, ela tem influência decisiva na qualidade de vida das populações e dos ecossistemas.
— Tens toda a razão amigo… —  disse a Valéria.
De repente apareceu um menino, amigo da Valéria, o César; e ouvindo a conversa interferiu:
                                                                                                    
— Os homens andam cegos e tolinhos da cabeça… As frutas já não têm vitaminas, sais minerais, como antes. A água doce é um recurso precioso e essencial à vida… e cada dia é mais escasso. Temos que fazer alguma coisa, não acham?
E Valéria contou pelos dedos das mãos: por causa do chumbo, do chumbo e do mercúrio, do mercúrio e do zinco, do zinco e do cobre, dos produtos químicos, e dos homens que não sabem o mal que estão a fazer.
Depois do riacho, dos peixes, das plantas e das árvores, foram as gotinhas de água que disseram a Valéria:
                                                               
— Nós também estamos poluídas; viemos do mar, do grande mar, que está poluído pelo homem. Mil espécies de peixes já desapareceram e quase 20000 correm o perigo de desaparecerem. E agora até existe outra poluição porque os navios encheram os oceanos de garrafas de plástico.
— De garrafas de plástico?
— Sim. O Oceano Pacífico está cheio de garrafas de plástico que serviram para refrigerantes e que são lançadas ao mar. São milhares de garrafas que ficam a boiar. E lá no fundo, onde antigamente havia lindos recifes de corais, encontra-se chumbo, mercúrio; os peixes não resistem, Valéria; se os homens não tiverem juízo, o mar pode morrer e os homens não podem viver sem o mar...
— Os homens não podem viver sem o mar — repetiu Valéria — e também não podem viver sem o ar que devia ser transparente mas também está poluído.
                                                                    
— Claro que estou poluído — confirmou o ar. — As chaminés das fábricas, os automóveis, os aviões têm-me poluído de tal maneira que qualquer dia não tenho oxigénio suficiente para a respiração das plantas, dos animais e do próprio homem.
Depois do riacho, dos peixes, das plantas, das árvores e das gotinhas de água que falaram do mar, e do ar que soprou as suas verdades, foi um pato que tinha vindo da Dinamarca que contou a Valéria que na sua terra havia cento e cinquenta mil caçadores que tinham cento e cinquenta mil espingardas e enchiam a Natureza de chumbinhos...
O pato explicou:
                                                                                                       
— Os meus amigos gansos, os meus camaradas marrecos e os meus irmãos patos engolem os chumbinhos que encontram na terra, misturados com pedras pequenas, e os chumbinhos, aos poucos, envenenam as aves; e se um dia os caçadores caçarem as aves, também podem ser envenenados ao saborearem o jantar...
— Os homens não sabem o que fazem — disse mais uma vez Valéria. — É preciso que todas as crianças do mundo, que serão os homens do futuro, salvem a Natureza. Salvem os rios, os riachos, os lagos e as lagoas, os peixes e peixinhos, os corais, os mariscos, todas aquelas coisas vivas e lindas com conchas e conchinhas, o mar, o grande mar, que leva os barcos e beija a praia, o ar, o oxigénio, o vento as nuvens, as gotinhas de água, os marrecos, os patos e os gansos, e todos os pássaros e todos os homens, e Valéria e todas as Valérias do mundo.
                                                                                                    
Foi então que o solo contou os seus problemas:
— Derrubaram as minhas florestas, queimaram a vegetação, colocaram herbicidas nas minhas folhas (sou ainda verde, mas por quanto tempo?), mataram os insectos; as vacas comeram a erva, e o leite ficou envenenado; as crianças que beberam o leite estão doentes. Assim não podemos continuar, pois não, Senhora Galinha?
                                   
E a galinha que estava a debicar as folhas e folhinhas nas pedras e nas pedrinhas disse logo que não; os seus ovos já não eram tão bons e os cereais também não e as verduras também não.
Valéria sabia que nenhum deles mentia porque a Natureza nunca mente e que era preciso escrever para as crianças do Brasil – que escreveriam para as de Portugal para que escrevessem para as da França – que escreveriam para as da Rússia para que escrevessem para as da Índia – que escreveriam para as do Japão para que escrevessem para as da China – que escreveriam para as da Inglaterra, da Itália, da América, de todos os cantos e recantos do mundo, porque era preciso que todos os meninos – meninos brancos, meninos pretos, meninos amarelos, (e as meninas também, é claro) – soubessem que a vida estava em perigo e era preciso salvar a vida.
 
Cabelo ao vento, Valéria avançava no vale, no verde vale, Valéria.  
                                             
E escreveu cartas e mais cartas enviadas pelo correio, levadas pelos pássaros que emigravam, pelos peixes que partiam para outros rios e para outros mares sopradas pelo vento, seguindo na boca dos bichos, passadas de mão em mão pelas crianças de todas as raças.
                 
E as crianças de todas as raças chamaram os pássaros que tinham – os peixes – e o vento – e as gotinhas de água - e os bichos – e as mãos, e levaram a mensagem de Valéria para que todos soubessem, em todas as partes do mundo, que a vida estava em perigo.
                                                                                                           
E quando todas as crianças souberam, todas se recusaram a continuar os erros dos homens – poluindo os rios, a chuva, os mares, o ar, o solo, tudo, tudo, tudo.
A mensagem de Valéria chegou ao coração de todos os meninos e meninas, que serão os homens e as mulheres de amanhã. Que serão os pais e as mães de novos meninos e de novas meninas.
Todos decidiram salvar a Natureza e todos os bichos e todos os seres humanos que fazem parte da Natureza. Até a Carlota Joaquina, a rainha da poluição, deu a sua contribuição, deixou de fazer chichi no riacho e agora entrega cartas com despacho!!!!
                                                                       
Ainda temos de esperar para que as crianças sejam adultas e cumpram a palavra que deram. Mas podemos confiar na palavra dada, porque a palavra da criança não está poluída.
Os pássaros que levaram a mensagem contaram a outros pássaros – os peixes a outros peixes – as ondas a outras ondas e o vento soprou a mensagem que correu nas patas dos bichos.
Agora todos sabem o que se passou, e o riacho salta e saltita e diz:
— Obrigado, Valéria!
Exactamente como os peixes, as plantas e as árvores, que dizem:
— Obrigada, Valéria!
Tal e qual as gotinhas de água, que descem do alto muito fininhas, para dizerem:
— Obrigado, Valéria!
                                         
E o ar que voltará a ser transparente e agradece, agradece, enquanto o pato que veio da Dinamarca, em nome de todas as aves e pássaros e de todos os bichos, diz quá-quá, que é “obrigado” em língua de pato.
E a vida, que é tudo, tudo o que está poluído e maltratado pelos homens, olha a menina que enviou a mensagem e tem confiança na promessa das crianças de salvarem a Natureza.
 
Valéria sorri
e avança no vale,
no verde vale,
Valéria.
 
 
 
Sidónio Muralha,
Valéria e a Vida
V. N. Gaia, Edições Gailivro, 2004
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